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I'll see you on the dark side of the moon

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O ano tá terminando, as férias chegaram, e junto com elas aquele momento onde eu paro para analisar o que foi e o que será.
Eu confesso que já tentei me confessar diversas vezes. Já tentei esse blog, padre, amigos e inimigos, amores e desamores, minha mãe, meu caderno, psicólogo, meus desenhos, meu pai, irmão, Deus, meu amigo imaginário, o Archimedes, minha cachorra e por aí vai.
Eu confesso que, eu jamais me confessei, cometi apenas algumas indiscrições sobre a minha pessoa.
Minha indiscrição de fim de ano é dizer que 2007 não foi, nem chega perto de ser, um dos anos mais felizes da minha vida.
Em 2006 eu fui uma constante. A todo momento eu me sentia na mesma música, "Don't stop me now" do Queen. Alguma hora o DJ trocou a música e eu, acostumada a um ritmo, cuja coreografia não demandava coreografia alguma, eu sabia decor. E no começo do novo som, eu admito, reconheci "Breath in the air" do meu álbum favorito do Pink Floyd, tocando. Aguém deu Play em "The Dark Side of The Moon", e não me avisou.
E, de repente, não mais que isso, todos os meus amigos, que sempre estiveram ao meu alcance, começaram a ficar longe dos meus braços e abraços. Quantas vezes eu tentei gritar praqueles que estavam indo "Leave but don't leave me" e explicar praqueles que estavam ficando que eu estava indo, mas não estava abandonando ninguém.
E, ao mesmo tempo, eu fui me ausentando cada vez mais, porque a menina relax de antes, que tinha tempo para tudo, começou a não ter tempo pra nada, pois quando alguma coisa terminava, outra começava, num ciclo sem fim "And when at last the work is done. Don't sit down it's time to start another one".
E o tempo começou a correr enquanto "Time" tocava ao fundo, o mesmo tempo que eu sempre fiz correr atrás de mim, tinha me ultrapassado.
E nos finais de semana, "Breathe reprise" estava lá, junto com meu retorno à Ararasville. "Home, home again. I like to be here when I can". E nem sempre eu pude retornar mentalmente, o corpo estava em casa, mas a cabeça estava em Sanca City.
E quem diria que as coisas são tão caras? Que o dinheiro se esvai pelas mãos? Que as coisas acabam? E que tudo, praticamente tudo, custa caro? E custa, e MONEY tocava todas as horas que eu entrava no supermercado e repensava na quantia que eu tinha no bolso. "Será que dá?! Eu ainda tenho que por crédito no meu passe do ônibus e comprar papal higiênico e detergente...".
No meio da história, você se dá conta que é tão mortal quanto qualquer outra pessoa. "And after all we're only ordinary men". E após todos os contrastes e comparações "Us and them", "me and you" e depois dos momentos azuis e negros "black and blue" e de todas as oscilações "Up and Down" "With, without" e até mesmo depois dos momentos mais desesperadores "Down and out", a velha Liz morre, abortada por mim mesma, porque é preciso se reinventar para viver. Como eu pude viver um ano todo parada numa mesma música? Tão sólida, tão imutável, tão presa? 2006 foi o ano mais feliz mas, o que eu aprendi com ele? Absolutamente nada.
Então, eu deixei que a insanidade, que antes me levava à beira do precipício, tomasse conta da minha mente e, quando os olhos se abrem, você começa a ver que o precipício tem uma puuuta vista linda e que o louco dentro de você, sabe se equilibrar muito bem.
E mesmo que eu tente trancar a porta e jogar fora a chave, haverá alguém na minha cabeça que não sou eu.
Por mais que as provas sempre me levem a um estado de "brain damage", the lunatic in my head faz as mudanças, me re-arranja até que eu fique sã again.
E mesmo que a minha cabeça exploda, e que eu grite e ninguém pareça ouvir... é bom estar do outro lado.
O ano chega ao fim, junto com ele o álbum e "ECLIPSE" está tocando. E eu realmente posso ouvi-la. E eu não tenho mais nada a dizer, só a ouvir o resumo do meu ano (que no fim, foi um puuuuuuta de um ano). Eu vou fazer uma coisa que eu odeio fazer, deixar a letra de uma música aqui. Mas essa merece, essa diz tudo.


Pink Floyd - Eclipse

All that you touch
All that you see
All that you taste
All you feel.
All that you love
All that you hate
All you distrust
All you save.
All that you give
All that you deal
All that you buy,
beg, borrow or steal.
All you create
All you destroy
All that you do
All that you say.
All that you eat
everyone you meet
All that you slight
everyone you fight.
All that is now
All that is gone
All that's to come
and everything under the sun is in tune
but the sun is eclipsed by the moon.

E é claro que eu ainda volto, isso foi apenas uma análise musical do meu ano. Os Bota ainda estão aprontando, amanhã mesmo, nós vamos roubar sacolinhas e sorvetes dos vestibulandos . Afinal, esse ano já somos veteranos (risos malignos). See ya (maybe on the dark side of the moon).

Chat

domingo, 25 de novembro de 2007

Primeiramente, como sempre, devo advertir que esse não é um post universitário, nem engraçado, nem pedido de desculpas, nem declaração de amor, nem nada. Ele é resultado do post abaixo, do passado negro que volta à tona e precisa ser explicado, não para o mundo, mas para mim mesma. Por isso, eu chamei a Liz de 2001/2002 e a Liz atual para um chat. Eu me chamo Liz e a outra, se chama John (eu nunca tive um apelido na vida que pegasse, os óculos redondos, o cabelo curto e uma manhã cantando Imagine me renderam esse apelido-de-um, porque durou apenas UM ano e apenas UM sujeito me chamava assim, para os que reconhecem, um dos meus amigos na época, o Molambo).

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Liz pede licença e entra na sala. John escancara a porta.
Liz está de calça jeans, camiseta rosa com o jim morrison e tênis adidas preto. John está de calça cargo (cheia de bolsos e com uma listra amarela lateral), camiseta do uniforme e tênis rainha systen interaction branco e azul.
Liz tem cabelo comprido, alguns fios brancos e 1,77. John tem cabelos curtos e castanhos por completo e 1,67.
Liz tem 18. John tem 13.

Liz: Eu sempre digo que se me encontrasse com 13 anos na rua, me espancaria.
John: Hmm tente. Eu sempre achei que nunca chegaria aos 15, detesto bailes de debutante, fui em algum?
Liz: Se recusou até o fim, mas acabou indo.
John: Gostei?
Liz: Não muito. Ainda detestamos roupa social e formalidades.
John: Sabia! E formatura, a do terceiro vai ser legal? Porque a da oitava promete ser uma grande merda!
Liz: A da oitava será uma grande merda e a do terceiro não existirá. Mas você irá numa formatura muito boa, que não será a sua.
John: Espero que a da faculdade seja boa...
Liz: Eu também! Mas não é pra isso que estamos aqui, conversando...
John: Ahh não? Eu só vim pra cá porque o nosso subconsciente disse que eu poderia matar a minha curiosidade. Tô fazendo faculdade do quê?
Liz: Ahnnn mais ou menos. Na verdade eu vim aqui esclarecer algumas dúvidas sobre mim mesma, aos 13. Quanto a faculdade, quando chegar a hora de decidir, você coloca o X no lugar certo .
John: Ahhh valeu por me deixar curiosa. Eu quero arquitetura mesmo, sempre quis!! Dúvidas sobre mim?
Liz: Yep! Dúvidas!
John: Ahnnn, que dúvidas?
Liz: Como você consegue ser amiga do maior nerd e mala da escola, da menina mais popular e disputada, de uma menina odiada pelo resto da turma, da gomes e da pires ao mesmo tempo?
Como você consegue amar e odiar tudo e todos com a mesma intensidade? Porque você vive usando preto? Porque você não acredita em Deus? Porque você é tão impulsiva e arrogante?
John: Auto lá. Você sou eu ou minha mãe?
Liz: Eu sou você aos 18 anos, como já expliquei.
John: Em primeiro lugar, eu sou ariana. Em segundo lugar, eu sempre tive amigos muito diferentes um dos outros, não sei porque. Talvez porque eu goste de cada um de um jeito diferente. Eu não odeio ninguém, às vezes eu me irrito com certas atitudes e fico enjoada de certas pessoas. Eu não sou arrogante. Não implique com as minhas roupas, eu não implico com as suas. E, por último, eu acredito em Deus, eu só não tenho religião e não acredito que Deus seja um cara barbudo, posso?
Liz: Desculpa. Eu só queria entender porque eu fiz tanta cagada, porque eu cuspi na minha melhor amiga ou, porque eu brigava tanto com todos...
John: Cara, eu não sou uma má pessoa... Eu só tenho 13 anos. E você só tem 18. Tipo, você já está meio velha - eu li cabelos brancos? arghhh merda de genética - mas não tem 50 anos, saca? Você tá mais chata assim porque já tem uns 5 anos a mais nas costas, como diria minha mãe, e umas 5 toneladas a mais de responsabilidades. E é por causa disso que eu não quero crescer! As pessoas não sacam que idade e responsabilidade aumentam juntas, na maioria dos casos. Anyway, juventude é um lance de cabeça e espírito, é o que os velhos malucos dizem e eu acredito.
Liz: E se daqui 5 anos eu olhar pra trás e ver o tanto de cagada que eu fiz e se eu me odiar mais ainda por ter sido tão babaca, tão tapada aos 18?
John: Cara, você que é a mais velha e ta me pedindo conselho? Eu não sou muito boa com isso não, mas, sei lá, relaxa! Me diz uma coisa, o que você aprendeu comigo?
Liz: A não cuspir nas pessoas!
John: Ha! Fala sério, pô!
Liz: Ahnnn... você foi o meu momento de rebeldia sem causa, de força desmedida, 100% o cara estranho que canta os Los Hermanos - que na sua época é a banda que canta Ana Júlia. Acho, não, tenho certeza, por causa de você prendi a pedir desculpa com muita facilidade, mesmo quando a culpa não era minha. Aprendi a me desculpar, é isso.
John: Wow!! Sabia que eu era importante. Então, respondendo a sua pergunta anterior, se daqui 5 anos você se der conta que foi idiota, vai se dar conta que se transformou em alguém menos idiota do que antes e vai ter aprendido alguma coisa. Alguma coisa que vai ser essencial pra fazer de você alguém melhor. Eu queria voltar aos meus 5 anos às vezes, ser tão alegre quanto antes...
Liz: Você é muito alegre, eu garanto. Eu também queria ter 5 anos, só pra me livrar das responsabilidades. Mas daí, eu perderia tanta coisa. Tanta coisa boa que aconteceu. Olha, a gente jamais pode voltar a ser quem um dia fomos. Eu acho que morremos um pouco a cada dia e, em algum momento, descobrimos que não somos nós mesmos no nosso próprio corpo. Nos transformamos em uma pessoa diferente.
John: Melhor ou pior?
Liz: Não sei. Você ainda vai aprender o que é maniqueísmo e vai descobrir que entre preto e branco, você acredita no cinza.
John: E se a gente fizer assim, sempre tentaremos levar o que foi bom para a próxima Liz que habitar esse corpo?
Liz: Eu acho que é essa a idéia! E, ô Liz!
John: Oi?
Liz: Continue cercada dos seus amigos. Você sabe os escolher, inconscientemente, mas sabe.
John: Ahhhhhhhhhh!! Eu sei disso. Sabe qual é o macete?
Liz: Sei! Quando você descobre que é capaz de amar uma pessoa, você a elege seu amigo, independente de erros e acertos. De passado ou futuro. Você, acredita, bota fé e jamais se deixa decepcionar. E como a gente consegue isso?
John: Você quer mesmo contar? Esse é o nosso segredo.
Liz: Foi um prazer falar com você!
John: Qualquer coisa é só chamar, eu sou parte de você, eu sou a sua parte jovial, impulsiva e com gigante capacidade pra pedir desculpa e consertar cagadas, como esquecer o niver da gomes!! Como você conseguiu esquecer o niver da minha melhor amiga?
Liz: Acontece, pô!! Valeu pela ajuda no pedido de desculpas! Me desculpa?
John: Eu me desculpo. Então, considere-se perdoada.
Liz: Thanks! Preciso ir, facul amanhã!! Tchau!
John: Se manda! Fui também!


CHAT ENCERRADO.

Me desculpa se eu esqueci o seu aniversário?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Era um dia escuro e gelado, eu me lembro bem. Era o primeiro dia de aula nas Canossianas na sexta-série. Dia de rever os amigos recém-formados, feitos no ano anterior. Havia uma menina nova, uma menina que eu já havia avistado em outros tempos, tão branca quanto eu, magricela e mais alta do que os demais. Mariana Gomes Bombonato, a Gomes. Foi amizade à primeira vista, à primeira conversa. Foi rápido, intenso e chegou causando ciúmes, lembra?

Depois disso foram tardes de puro ócio jogando The Sims (klapaucius depositava 1000 Simeleons na conta e depois era só meter um monte de "!;!;!;!;!;!" pra poder consumir tudo que o jogo oferecia - quando a gente descobriu isso foi uma alegria) e entrando escondidas no meio da semana na internet (difícil é pensar que algum dia isso já nos foi proibido, não?). Depois de cada episódio de malhação (quando o casal era o Gui e a Nanda), a gente fazia o maior fuzuê ligando uma pra outra -eu, você e a pires- e todo final de mês, era a mesma ladainha das mães em decorrência das altas contas telefônicas.

Você viveu comigo os meus 2 anos de pura rebeldia. Meus dois anos de cabelo curto e desajuste social. Lembra da "pizza"? Do caos que nós causamos naquela escola? Você digitou cada palavra que eu disse e, além disso, imprimiu e pendurou aquele "manifesto de putaria" no mural da escola.
Lembra das nossas fugas das aulas de ensino religioso? E que depois todo mundo começou a aderir?
Lembra das nossas colas? Da sua borracha cor-de-rosa que no fim estava roxa?!

Aerosmith era a nossa trilha sonora diariamente. Just Push Play tinha acabado de ser lançado. E a gente cantava mal, não? Puuuutz, mas eu aprendi inglês desafinando! Porque, com a Edilaine não dava...
No entanto, a música que a gente perseguiu por meses, sem saber nome nem banda, foi "Miss you Love" do Silverchair e, a música que a gente ouviu na noite anterior a sua partida foi "Tomorrow" da Avril Lavigne.

Você estava do meu lado nos momentos de culpa, como quando pegaram eu e o Mau passando cola pra você e pra Ná e a gente levou aquele mega sermão da Jarbeli (e, no fim, descontaram apenas 0,5 ponto da "NOSSA" prova). Estava lá quando eu mandei a Dona Carmem tomar "naquelelugar".Também estava lá quando eu era a mais estúpida das criaturas, mesmo quando eu brigava com todo mundo, inclusive com você (eu cuspi na sua cara, lembra?).
Você estava do meu lado quando eu passava mal (depois descobri que era o leite) e quando a minha vó morreu. Você nunca deixou eu me perder ou me destruir na minha arrogância. Você me desarmava, me distraia, me deixava leve e jamais grudou em mim, jamais foi insuportável ou enjoativa.

Se isso não foi uma puuuuuuuuta de uma amizade, então eu não sei mais o que é ser amigo de alguém. Eu esperto ter estado do seu lado em, pelo menos, metade das vezes em que você esteve do meu.

Eu jamais poderei me esquecer da nossa amizade ou desses momentos. Nunca conseguiria me esquecer de você mas, peço encarecidamente, que você perdoe sua amiga universitária que anda cheia de provas e fazendo contagem regressiva para apenas uma data: férias.

No nosso último dia de aula, eu desci da escola a pé e não fui pra casa. Não sei se eu havia te contado isso, mas eu comprei um sunday de morango e fiquei vagando no lago, depois fui no apê da minha tia e, só então voltei pra casa.
Nós nos despedimos por telefone porque você me passou a perna e não me contou o horário do seu busão... Acho que nem você, nem eu, somos boas com despedidas.

Mas eu sou boa em pedir desculpas, como você pode ver, e esperar as chegadas. Afinal, o mundo me deu de presente você de volta. Nada mais, nada menos do que isso. Pô, saudade gigantesca de você.

Branquela (como é bom poder flar isso pra alguém além da minha imagem refletida no espelho), te amo. Volta logo e me perdoa.

Não é mais o meu vestibular

sábado, 17 de novembro de 2007

Ele se aproxima, com suas 7 cabeças e sua má fama. O bicho que decide quem vira bixo. O temido, terrível, abominável: VESTIBULAR.

Eu sou uma das bestas do apocalipse que caiu do terceirão direto em uma Federal. E, a maior "filha-da-putice" que eu cometerei nesse blog é dizer que "Eu não estudei". E é verdade (Não precisam me mandar praquele lugar).
Vocês sabem aonde eu estava na minha semana de revisão? Na praia (DETALHE: Eu mandava SMS's pros meus amigos na escola, com textos do tipo: Eu estou com os pés na areia, olhando pro mar e vocês na aula de matemática. Linda Segundona!)!
Eu sempre fui do tipo que não assistia à aula (tenho déficit de atenção e muito sono), não estudava pra maioria das matérias e quando o fazia, era algo do tipo "exercícios de física na aula de inglês". Outro problema: eu sempre fui uma tremenda tagarela (apesar que era difícil algum professor me chamar atenção - geralmente eu os contagiava com a minha tagarelice), portanto, se eu estava quieta em alguma aula, era porque eu estava dando uma estudada.
E, é claro, que eu gabaritava a maioria das provas. Uma verdadeira "dínamo" para os amigos. "Mito", para os professores. "Milagre divino" para a Mariana Pires. Por mim, apenas sortuda.
E, é óbvio, que isso vinha acompanhado de um EGO gigantesco e altamente elástico. Eu tinha uma vida mansa, vivia de havaianas nos pés (inclusive na escola, onde era "proibido"), tinha "mãetorista", dinheiro pro final de semana, tempo de ociosidade e amigos ao meu alcance.

O que aconteceu com a minha vida? A música dos mutantes "Ovelha negra" começou a tocar e, antes que meu pai me mandasse embora, eu passei no vestibular. Assim, no susto.

Eu só quero dizer aos vestibulandos que, passar ou não no vestibular, não mede a capacidade de ninguém. Às vezes, não encarar uma faculdade logo de cara é a melhor coisa, dá tempo de tirar a carteira de motorista, permanecer um pouco mais com os amigos, viajar pra outro país e, até mesmo, mudar os planos sobre o curso e a carreira. Dá tempo pra terminar o namoro antigo, começar outro, mudar totalmente a sua visão sobre drogas e aborto, fazer um curso técnico, aprender um outro idioma, trabalhar, ver o sofrimento dos seus amigos que foram pra faculdade, aproveitar as festas sem pensar em provas e aprender um bocado mais nas aulas de física e matemática (isso serve pros futuros exatóides), ou seja, como diriam as mães, tias e avós: Dá tempo pra amadurecer.
No fim, aquela história da tartaruga e do coelho do Saint Exupéry é bem verdade. A maioria da galera da facul já tem seus 20 anos. Por fim, vocês não vão contar para seus futuro-pseudo-filhos a "emoção" de prestar vestibular, ou o que vocês comeram durante a prova, ou o quão difícil ou fácil estava aquela questão. No meu caso, as únicas coisas que eu lembro são as palhaçadas que eu fiz no caminho para as provas, que eu previ o tema da unicamp e, é claro, a trilha sonora regada à Los Hermanos, recomendada pela minha amiga Bô, em especial a música "O Vencedor".
Se eu pudesse escrever um lema de vida, escreveria "Eu que já não quero mais, ser um vencedor, levo a vida devagar, pra não faltar amor".

Então, Liz recomenda que vocês criem uma trilha sonora para relaxar antes e depois da prova. Tentem recordar os bons momentos ao invés das fórmulas... Tirem 5 minutos para se concentrar e pedir, qualquer que seja a sua crença, boas energias durante a prova. Levem água e, por favor, utilizem o banheiro antes da prova. Levem alguma coisa pra comer (vocês terão mais fome depois da prova). Peguem aquelas sacolinhas que os colégios particulares oferecem. Não percam tempo saindo pra fumar, de preferência parem de fumar pra sempre.

Eu só passei porque vivia no ócio, foi castigo divino, acho que isso está ABSOLUTAMENTE claro!

Como diria o meu quiropraxista chinês "Lespila e Lelaxa". Eeeeeeeeeeeeeeeeeeee Boa Sorte! Vejo vocês no trote!

Vicente, o quinto Bota

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Primeiro foi o PC da Gláu que, misteriosamente pifou. Depois foi a porta que nos trancou dentro do nosso próprio apê (e não havia chave que conseguisse abrir). Por fim, meu pc começou a fazer um barulho estranho, recebemos várias ligações de anônimos procurando pelo senhor Vicente "Falecido" Botta e o chuveiro do banheiro Smurf (todo azul) simplesmente pegou fogo quando eu ia tomar banho... Detalhe: pegou fogo e apagou sozinho, eu só abri a torneira. Imaginem a minha cara de pânico olhando pro chuveiro, afinal, na minha cabeça pairava apenas uma pergunta: Eu apago o fogo e morro eletrecutada (porque o chuveiro estava em curto) ou eu não apago o fogo, não levo choque, não morro mas deixo tudo queimar? De todas as nossas dúvidas, uma já virou certeza, existem 5 moradores naquele apartamento, 4 encarnados e um desencarnado... Não é possível!


Como eu não ando muito inspirada pra escrever, o final do ano se aproxima (YEAH!!) e as provas finais também (uhuuu!), aí vai uma foto pra deixar o Herik com ciúmes:

Gláu e o sorvete de chocolate, uma vez que o Herik não gosta de sorvete de chocolate (deve ser alguma anomalia genética) e é namorado da Gláu, taí Herik, pegamos a Gláu no flagra!! Olha a carinha dela de "Meu amor, vou te comer todinho". DETALHE PARA A PEQUENA COLHER!



O vídeo abaixo, é de uma noite fria de estudos no apê dos Bota (note o bando de nerds da computação tentando explicar pra Pedagoga da rep algumas coisas sobre circuitos digitais e o código binário - e o Edson viajando na explicação, ai ai)





Eu volto em breve. Tô na minha semana do saco cheio. Cya!

Computaria, a origem

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Eu realmente acho que minhas matérias na faculdade são muito interessantes, imagine que hoje, 1 da manhã, eu estava estudando um dos módulos da minha prova, e comecei a rir sozinha. E depois disso, ninguém nunca mais dirá que matemática discreta (e esse discreta é só pra manter a falsa seriedade da coisa) não é uma coisa legal.
O nome do módulo é RELAÇÕES.

2.1 Introdução a relações
2.2 Produtos de conjuntos (como que é o nome disso mesmo? Ahh já sei, SWING)
2.3 Relações
- relações inversas (ui!)
2.4 Representação Pictória de Relações (visualização é tudo)
- representação de relações em conjunto (tradução: representação de orgias)
2.5 Composição de Relações (a parte mais teórica da matéria, depois de estudada, perceberemos que as composições são muito variadas e dependem dos tipos, quantidade e cardinalidade -vulgo número de elementos- dos conjuntos)
2.6 Tipos de relações
- reflexiva (o lado chato da coisa)
- simétrica (normal)
- anti-simétrica (começa a ficar interessante)
- transitivas (e a galera vai a loucura)
2.7 Propriedades de fecho (o importante nesse item é aprender a abrir os fechos com perícia)
- fechos reflexivos e simétricos
- fecho transitivo
2.8 Relações de Equivalência (homossexuais?)
- partições
2.9 Relações de ordem parcial (tais relações são impossíveis)
2.10 Relações Múltiplas e N-árias (Múltiplas, palavra interessante...)

Oooooô matéria legal, não vejo a hora de entrar em funções, olha a prévia:

- Funções como relações
- Injetividade, sobrejetividade e inversíveis
- caracterização geométrica de funções injetoras e sobrejetoras
- funções exponenciais (nota do prof: crescem rápido)
- funções logaritimicas (nota do prof: crescem lentamente)
- funções floor e ceiling ( e também tem a table, bed, etc...)
- taxa de crescimento e notação O (e no fim, você tem que anotar TUDINHO, pra fazer gráficos de desempenho)

Tá vendo? É por isso que apelidaram o curso de computaria. E, as pessoas esperavam o quê? Um curso que forma garotos e garotas que fazem programas por aí (programas de alta qualidade, diga-se de passagem) tem que ensinar essas coisas mesmo, e eis, finalmente esclarecida, a utilidade da matemática na vida de um computeiro. Vou fazer exercícios. Toda teoria necessita de prática (Se algum pai estiver lendo isso, é tudo brincadeira, fruto da "abilolação" que se instaurou nos futuros-bacharéis depois de tanto cálculo, álgebra, geometria... Humor é tudo). Câmbio, desligo.


TAKE A LOOK AT CONFISSOESDECOMPUTEIRO
Porque "Computeiro também escreve pô!!", certo EPTV?? Esse povo que baba na frente do pc e não sabe escrever não é computeiro de verdade.

XUUUUUUUUUUUUUPA CAASO!!

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

I'm not there

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Quando eu nasci já existia AIDS e o amor livre estava morto junto com os anos 60, seus hippies e os soldados do Vietnã.
Quando eu nasci, ainda existia LP e K7, e eu cresci pra ver a revolução chegar em forma de CD e viver na era dos iPods, onde todo mundo anda com um fone no ouvido, com trilha sonora própria para todos os momentos.
Qunado eu nasci, eu era careca, nem sobrancelha tinha. Hoje, só não tenho mais cabelo por falta de couro cabeludo (mas não direi que jamais voltarei a ficar careca, porque da última vez que eu o disse, uma placa filhadumaputa me cortou um belo tufo de cabelo).
Quando eu nasci, não se falava abertamente em aquecimento global, mas o greenpeace já estava tentando salvar a Amazônia e a SOS Mata Atlântica fazia propaganda em caixa de pasta de dente.
Quando eu nasci, já existia avião e o homem já havia pisado na lua.
Quando eu nasci, já existia televisão à cores, mas também existiam livros e eu me lembro dos dois primeiros que eu li, um falava sobre mães, e o outro se perguntava qual era a maior boca do mundo (o livro dizia que era a boca da noite, mas eu cresci e descobri que a maior boca do mundo é da Angelina Jolie - sem discussões).
Quando eu nasci, a Angelina Jolie ainda era uma rebelde sem causa, não tinha adotado metade do mundo e nem tentava salvá-lo.
Quando eu nasci não existia DVD, nem DVD player, só existia um treco chamado fita VHS, que a gente colocava num outro treco chamado vídeo cassete e, que toda vez que o filme terminava a gente tinha de colocar o bicho pra rebobinar a tal fita, vulgo fazer voltar pra trás (e, às vezes, a fita de verdade que tinha dentro da caixa preta, enroscava nas bobinas do video cassete e fazia uma mess total).
Quando eu nasci tudo tinha fio. Linha telefônica e o próprio telefone eram estatizados nesse país e, caso ninguém se lembre, ambos eram uma pequena fortuna. O primeiro celular era uma caixa, tinha peso de tijolo, e no Brasil nem se via. Hoje, eu ando com o meu no bolso, e ele vai além de ligações.
Quando eu nasci, computador era uma geringonça que ocupava mais espaço do que tinha em HD e era usado pra fazer cálculos em massa.
Quando eu nasci, já existiam guerras, Hitler já havia pisado nesse planeta, já existia Osama Bin Laden e os USA já haviam testado suas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki.
Quando eu nasci, já existia o World Trade Center e o terrorismo, mas eu, eu não os conhecia, até que, há 6 anos atrás, numa mesma terça-feira, num mesmo dia 11 de setembro, os dois se chocaram - ao vivo.
As coisas mudam, e o que somos hoje, em nossas virtudes e defeitos, em nossas guerras e ações humanitárias, em nossos progressos e retrocessos, não é apenas o resto de um 11 de setembro, e sim, a consequência de todos os onténs, independente da sua data de nascimento. E qual a consequência amanhã? Eu não sei, eu não estou lá ainda, estou?

Hospício d'Os Bota

domingo, 19 de agosto de 2007

Eu precisava contar uma história. Ooooooooooooooooooutra história? Sim senhores, outra. Uma história sobre a cobra do Edson, uma aranha, e as preferências da Gláu. Mas, depois de refletir muito, achei melhor não contá-la - posso até ouvir o suspiro aliviado da Gláu - ENQUANTO não achar a melhor forma de fazê-lo, porque essa ficará para o livro de contos e lendas d'OS BOTA e, portanto, deve ser contada de forma magnifica.
Enquanto isso, posso contar que a Gláu levou 2 horas para fazer uma fritada de batata (numa velocidaaaaaaaaaade) e, depois de ter feito tudo cuidadosamente, colocou a frigideira fervendo em cima da mesa, onde existe uma toalha de plástico. Resultado: um círculo perfeito gravado na nossa toalha florida (personalização é TUDO!). Além disso, a desatenção e o sono são tamanhos que a pessoa dormiu, literalmente, no ponto, e, ao invés de descer na rodoviária de Sanca, foi parar em Araraquara.
Também posso dizer que a Raíssa, de Bota se transformou em Esqui, e foi passar o feriadão esquiando... no Chile! (Sim, uma vida duríssiiiiiiiiiiiiima).
E, pra terminar, das Cobras e Aranhas, percebemos o quão íntimos estamos ficando, de REPÚBLICA OS BOTA, passaremos a HOSPÍCIO em breve. É tanta intimidade, que ninguém me deixa falar ao telefone em paz e a Gláu já está até me batendo! E não liga Gláu, apesar de tudo, ainda vou continuar sendo sua roommate (mesmo você preferindo as aranhas peludas - você sabe). Não me bata, não me bata... (Ainda bem que você só vai ler isso depois que me der carona!).

PS: Pra quem quer rachar de rir, aqui está uma maravilha tecnológica: Sarah, Fê, Eu e Isa PIG dançando POP! Goes my heart

Se cair, não morra

domingo, 12 de agosto de 2007

Era um dia lindo, daqueles que você recebe um e-mail da professora avisando que não haverá aula na parte da manhã.
Estava eu, debatendo com as meninas, amigas da Raíssa, a minha preferência por merthiolate. Eu usava merthiolate ao invés de mercúrio (ou mercuriocromo), acho isso muito explicativo sobre a minha pessoa (masoquista?). No dia em que lançaram a versão spray do meu anti-séptico favorito, eu sai escondida de casa, à noite, e capotei com a bicicleta, só pra poder experimentar no corpo todo (principalmente no que sobrou do meu queixo) a nova invenção dos laboratórios lilly.
No fim da conversa - depois da Raíssa ter afirmado que, de fato, quando era criança bateu com a cabeça (o que não é uma mera figura de linguagem para pessoas "sem noção" no caso dela), pois foi atropelada por uma combe e sofreu um traumatismo craniano - eu comentei que fazia séculos que não caia e ralava os joelhos, e alguém falou, mudando de assunto, que meus óculos de Sol eram legais, e eu contei a história da aquisição deles - o protetor solar me causou uma séria reação alérgica, e meu rosto inchou (não conhecia enswell na época, talvez porque nunca fui boxeadora) e meus olhos ficaram apertados, me dando um aspecto down, síndrome de down.
Entrei no ônibus, e como tudo parecia me advertir do que iria me acontecer, eu reparei fixamente no tornozelo de uma menina, que ao meu ver eram demasiadamente finos, o que me fez pensar se ela não teria algum problema de ligamento que a fizesse sofrer quedas repentinas.
Fui para a minha única aula do dia, laboratório de circuitos digitais com o Takashi. O dia estava ensolarado e quente, tirei meus óculos e os coloquei de fronte a minha pessoa, para não esquecê-los. Quando terminei, sai rápido do laboratório para pegar o ônibus quanto antes possível, passei por um amigo meu, fiz uma brincadeira e, sorrindo, comecei a descer a escada. Sorriso, calor, piscada, torção no tornozelo esquerdo, dor, borrão, susto, chão... E foi assim, depois de 10 anos, que eu voltei a ralar os joelhos, em um momento eu estava sorrindo, no outro estava no chão, literalmente.
Um homem, que estava abrindo seu carro no momento em que eu ainda estava feliz e contente, apareceu na minha frente, mais pálido do que eu, querendo saber se eu tinha me machucado, "um pouco", se eu estava bem, "estou sim", se eu queria ajuda, "obrigada , mas eu tô legal", se eu queria ir na USE, "ahh não tem necessidade, só ralei o joelho". E depois que eu reafirmei que estava bem umas 10 vezes e que apenas tinha me assustado porque fazia anos que não caia, ele afirmou que também tinha se assustado muito porque, de repente, uma pessoa despencou da escada, eu me despedi agradecendo.
Corri pra pegar o ônibus (pensei: cair 2 vezes em um dia é o tipo de azar que eu não tenho) e cheguei cedo demais na rodoviária. Liguei pra minha mãe, avisando que tinha caído, estava com o tornozelo torcido, 2 joelhos ralados, uma dor no corpo todo e que a calça nova tinha rasgado. Foi quando eu percebi que tinha esquecido meus óculos escuros no laboratório. "Ahhh não, não, isso não está acontecendo comigo". Ligo pra meio mundo, mando sms, todo mundo em aula... Vou na lanchonete, pergunto por um computador com acesso à internet e eles me indicam uma lan house. No meio do caminha da Lan, dou de topo com dois amigos do BCC comprando passagem, consigo o telefone de um outro amigo e mando um sms requerindo o telefone do eptv (from this day on, anotarei o telefone de todo mundo), que estava no lab comigo. Quando finalmente consegui contactá-lo e sosseguei na busca por um salvador de óculos-esquecidos, eu me sentei para esperar o ônibus.
Naquele momento, conheci uma menina que faz biologia na UNESP, muito legal, que me ajudou a improvisar algo pra limpar os machucados e me distraiu toda a viagem até Rio Claro contando histórias de quedas, CICATRIZES (e não sicatrizes, como a anarfa beuda havia escrito antes - valeu EPTV!) e festas.

Moral da história: Sempre sou avisada dos meus acidentes. Perdi uma ponta do dedo com minha mãe dizendo pra eu não ir ao meu quarto, porque era perigoso; capotei da bicicleta depois que sai escondido, porque minha mãe me disse que aquilo não era hora de pedalar; atropelei uma moto no dia em que obtive aulas de instruções de trânsito; perdi um tufo de cabelo depois de zoar a cálvice dos meninos e cai da escada, devido a uma torção de tornozelo, depois de tudo que eu acabei de contar.
Moral 2: Se não tivesse esquecido meus óculos, eles também teriam se espatifado. No fim, eu nem precisava ter procurado alguém para resgatá-los, meu amigo Filipe percebeu que eu os esqueci e guardou-os pra mim.
Moral 3: Se cair, não morra. Todas as quedas resultam em boas histórias, principalmente pra iniciar o novo semestre do blog de uma menina de 18 anos e joelhos ralados, uma pirralha eterna, como diria minha amiga.

Bom começo de semestre pra vocês, o meu já começou despencando.

De pernas pro ar

terça-feira, 10 de julho de 2007

Enfim, férias. Deixe me escrever direito: FÉRIAS! Sem mais, me encontro em Ararasville, comendo comida da mamãe e da vovó, vendo os amigos, inclusive aqueles que chegam amanhã, outros que fazem aniversário amanhã, e aqueles que dizem precisar de mim pra ontém.

Cheguei, e por um mês vou estar por aqui. "Liz, não me abandona!!" NUNCA.

From Now

sábado, 30 de junho de 2007

Já posso ouvir a Samara (do filme "O chamado") dizendo: seven days

7 dias para as férias... uma semana passa rápido, é o que dizem.

A INVASORA

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Eis que temos visita!!! Dona Glaudelícia (em homenagem à gordelícia do pânico) acaba de retornar ao lar, doce lar, dos Bota, depois de um mês desaparecida. Ela foi abduzida por uma greve e nunca mais voltou.
Depois de um mês fora, eis que nossa invasora, que certamente passou por complexas experiências cerebrais, retornou um pouco estranha.

Relatória de atividades glaucianas:

Segunda-feira (horário do almoço)

Gláucia chega à república dos Bota, depois de 1 mês de total desaparecimento, sua primeira frase é: "Liz, eu comprei uma sacola de miojo antes de ir embora, você sabe aonde está?" (Relato: Apetite suspeito e total inexistência da tal sacola).

Terça-feira (horário do almoço - Local: Tempero e Arte)

Estávamos nos dirigindo ao caixa do restaurante quando: "Nossa, agora que entendi o nome do restaurante, é: Tempero E Arte, eu achava que era uma palavra só "temperoearte", até pensei: Nossa, deve ser um restaurante italiano". (Relato: Se você não entendeu, nem eu).

Quarta-feira

Gláucia estuda G.A. (Relato: Total anomalia de atividades cerebrais)

Quinta-feira (hoje, antes do jantar)

Edson pergunta: Como escreve "fucei" mesmo?
Gláu, zumbimente, responde: F - U - Ç - E - Y

(Agora leitores, imaginem as caras da Liz aqui, e do Edinho, caras com ar de "Eu ouvi o que ouvi?" e depois, óbvio, gargalhadas).

Por fim, sim, ainda não acabou, eu doei parte de um trabalho meu para a Gláu, doei não, vendi, porque ela trocou uma página de texto por uma pilha de louça suja na pia pra lavar. O prazer é todo meu ( E ela continua dizendo: eu que agradeço!).

PS: Pras aulas de geografia do colegial: Um belo exemplo pra se usar nas provas do valor do trabalho intelectual: Meia dúzia de linhas pensadas valem muito mais do que uma pilha de louça suja! Vendi barato (ela ofereceu 10 reais mas não sou de explorar ninguém).
PS2: Ainda bem que a Gláu só vai ler isso depois de terminar com a louça.

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No tempo em que eu sumi do Blog, estive levando pau na facul, enfrentando uma assembléia de 6 horas no CAASO, poderia descrever aqui toda a revolta dos estudantes, com o governo, com a reitoria e entre eles mesmos, toda a burocracia de votação e debate, os estudantes divididos, uns contra os outros e a minha conclusão nessa história, mas chega de política.

Entretanto, quarta-feira foi dia de paralisação na Federal, e os estudantes de humanas bloquearam as entradas de 5 prédios de aulas teóricas com carteiras das próprias salas dos respectivos prédios, resultado: labirinto pra entrar nas salas de aula e protesto na washington luís.

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E hoje eu vou dormir sem edredom porque eu emprestei o meu para a Aninha, membro flutuante da república (vulgo chinelo - se não é bota é chinelo e tenho dito), que nas palavras da própria "só venho aqui pra usar a internet, comer, usar o papel higiênico e dormir de graça" então, seja bem vinda e não ronque.

E eu acho que estourei meu pé, mas isso é outra história, que se for dramática e resultar em alguma espécie de imobilização eu conto, senão não tem graça.

Depois me lembrem de dedicar um post inteiro para o Santo Monsanto, vulgo "Mão Santa" e contar a história da prova coletiva que fizémos hoje, e de como a turma de computação é unida e gosta de dividir seus conhecimentos, antes, depois e durante a prova.

Pra finalizar esse "resumão", faltam 2 provas pro fim do semestre e mais uma semaninha, pelo menos pra federal, a XUSP (Cantem comigo "Estadual, estadual, aula no Natal") terá apenas uma semana de recesso em julho, e aulas até dia 22 de dezembro. Good Luck dears, Mama I'm coming home!!

Câmbio, desligo!

as novas baianas mineiras do sul

terça-feira, 12 de junho de 2007

Mereço ouvir que meu post é triste? Saudade não é um sentimento triste, é um sentimento apertado que busca certos momentos guardados no fuuundo da memória e traz pra fora as sensações guardadas no coração, aí você ri sozinho, ou chora, tem raiva de si mesmo, de terceiros, sente vergonha ou, fica perdido olhando pro nada, vendo aquele filme privado, filmado do seu ponto de vista.
Hoje, na aula de programação, eu estava aprendendo matrizes (não exatamente aquelas da matemática, quase aquelas), que dentre suas mol utilidades podem ser utilizadas pra se criar os famosos jogos de batalha naval, quando me lembro do Mau Gerotto, da sétima série, dos nossos jogos de batalha naval em folhas de papel sulfite que ele mesmo fazia e imprimia.

Pires, se saudade fosse algo triste, você ia me esfregar o meu antigo e meteórico flog nas fuças, pra depois se acabar de rir? O piores fotos, criação das Novas Baianas Mineiras do Sul, criação da Liz, Camila e Mariana Pires. Alguém lembra dos codinomes? Doce de leite do Nordeste, Chimarrão de Belo Horizonte e Acarajé do Sul? Com certeza não eram esses ahuhauhuahuahuahaua, só me lembro do nosso super-sotaque carregado, o qual adotamos por uns dois dias inteiros (e que depois não conseguiamos voltar a falar normalmente, foi uma desgraça pra voltar ao bom e velho caipirês do interiorrrrr) e eu, na minha cara de pau, nos apresentei para toda a escola, fiz perguntas aos professores daquele jeitinho peculiar: "Prófessor porrrr quê que é assim, tchê?". Quem aguentava essas 3 malas que eram nós mesmas?? Senão nós mesmas?? Regadas a muito Mamonas Assassinas, afinal, a inspiração besta nasceu da saudade deles, peculiarmente da frase "Tótalmenti beautiful, as baleias no oceano".

Tenho saudade de vocês, daqueles dias de recreio sentadas no NOSSO quadrado de cimento, tomando Sol, vocês comendo minhas rosquinhas e bolo de cenoura, e eu comprando salgados à custa de vocês e sim, nunca paguei nenhuma das duas! E enrolei ambas até o último dia, com certeza!
Também não vou jogar na cara de ninguém, já jogando, que comprei um chaveiro horrível de 8 reais pra Pires (e que foi indicação da Camila, porque nos encontramos na mesma loja) que só ela amou e um pôster do Jim Morrison de 10 paus (e hoje custa mais caro) pra Camila, porque foi de coração ahuuhahuauhahauhauhua.

Ahhhh eu amo vocês e só vocês pra me amarem. A gente vai continuar por aí, mesmo depois que todas se tornarem universitárias, se trombando nas esquinas do mundo e deixando saudades.
Qualquer dia a gente se cruza, pra praticar meu esporte favorito: Matar saudades. E como se mata uma saudade? Fácil, você pode ligar pra pessoa, usar o msn, o e-mail, o correio, ou ver fotos e vídeos se ela não está mais entre os encarnados (o que, nesse caso, não a mata, mas desafrouxa um pouquinho esse nó em volta da gente) mas, o jeito mais eficiente e gostoso é ir ao encontro dela, e esmagá-la num abraço apertado e afogá-la na saliva (não vá cuspir que não ajuda, né Gomes?).

Sei que sou feliz hoje, porque amanhã vou acordar com saudade do que já passou.

Amo vocês baianas mineiras do sul, perdidos do outro lado do mundo, remanescentes de ararasville, as gigantescas amizades, companheiros do rock e do roll, da sinuca, do gibi, do velloso, universitários, cursandos, a menina zen do Osho, a galera da cerveja, da vodka, da tequila, dos luais, churrascos, o meu professor cachaceiro de direção, perdidos de sampa, sanca, de qualquer lugar e de são josé dos campos, os bota, as novas e velhas amizades, inclusive as de infância que ainda me surpreendem. Amo vocês sempre.

Saudades do bandejão e do resto do mundo

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Então você olha pro armário e pra geladeira e se pergunta: O que eu vou comer?
Miojo? Nãoooooo. Das coisas que nunca pensei que fosse dizer: Saudades do bandejão! A comida já estava lá, prontinha, suco à vontade e sobremesa.
Saudades da matemática quando dividir por zero era completamente impossível, os E's e A's não ficavam invertidos e nem de ponta-cabeça...
Saudades de ser acordada pela mamãe.
Saudades da praia, do mar, daquela brisa salgada...
Saudades de sentar no tapete na casa da vó, e brincar com montanhas de LEGO, num mundo bem particular.
Saudades de ouvir meu vô gritando "Não bate o portão, menina" e de voltar pra casa, nos domingos, com um "Deus te abençoe" da minha vó.
Saudades do meu tapete preto e peludo deitado no meio da sala, da Tuli Maria.
Saudades da família, dos amigos (bêbados ou não), da natação, da chácara, da minha cama, da vida, de você.

"É PROIBIDO PROIBIR"

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Jurei nunca mais falar de política. Em falso.


Isso daqui não é uma democracia, nunca foi. E pra quem não enxerga, por incapacidade ou por opção, os estragos que uma ditadura fantasiada de república democrática causa, deixo abaixo alguns tópicos e um vídeo de 13 minutos, enviado pela minha amiga Mônica, para aqueles que, assim como nós, são atuais, futuros ou ex-Universitários das instituições brasileiras de ensino superior.

Não importa se você é FATEC, Estadual ou Federal. Não importa os "Xupas" ou qualquer outra rivalidade que não passa de brincadeira. Estamos juntos, na mesma merda.

Onde está a polícia nesse país? Socando estudantes com seus cacetetes, usando balas de borracha e spray de pimenta para conter manifestantes desarmados que gritavam "Só temos cadernos" e que almejavam chegar ao Palácio do governador. É fácil governar do alto de um palácio, sem ter de prestar contas a população.

Onde está a UNE? Sinceramente, não sei. Só sei que não podemos esperar nada de seu presidente, que hoje não defende nenhum interesse além dos seus próprios. O presidente da UNE é um dos quinhentos e tantos deputados que mamam nas nossas tetas (sim, nas nossas, afinal, todo o dinheiro do governo vem daonde?). Pode o presidente de uma organização estudantil ser um político de merda? Que é contra a carteirinha dos estudantes* e todo o resto?

Quanto ao dinheiro privado, há muito tempo arreganhamos as pernas pra ele, sem ele, as instalações das Federais estariam catastróficas, não haveriam novos laboratórios ou projetos. As Estaduais também se utilizam dessa verba privada. Na minha opinião, não deveríamos resistir a ela, mas buscar formas de controlá-la, assim como a Petrobrás faz. É bom desistirmos de esperar grandes investimentos do governo, a não ser que seja algum aumento de salário para parlamentares.


Não percamos o rumo, nem os objetivos. Não sejamos ignorantes ou violentos, mas persistentes e atentos para defender nossos direitos. E temos direito a uma educação de qualidade e gratuita, a constituição nos assegura isso.

Nem direita, nem esquerda. Centro.

À direita temos o governo Bush e o governo do Estado de São Paulo. À esquerda temos um militar bancando o ditador na Venezuela e um ex-metalúrgico fraco bancando o presidente do Brasil.

Sinceramente, fico com o Bill Gates.


Pra ficar enojado, revoltado e saber o que se passa:


http://video.google.com/videoplay?docid=2766804175625447712&pr=goog-sl




*Não sejamos tapados. Escolas de idiomas e informática deveriam ser proibidas de emitir a tal carteirinha, e muita gente a falsifica. Mas é muito fácil ser contra alguma coisa do que tentar melhorá-la.

Eu e a placa metida a cabelereira.

quinta-feira, 31 de maio de 2007

Tem coisas que só acontecem comigo. Não, eu não tô fazendo drama, quer ver o porquê?
Quantas pessoas cortam o cabelo com uma placa de trânsito? Não entendeu? Vou explicar.
Que eu sofro de perda de memória recente, igual a Dori do "Procurando Nemo", muita gente já sabe, afinal foi essa ausência de memória que me levou a atropelar uma moto (exatamente nessa ordem - Eu atropelei a moto), olhei para os dois lados, vi a moto, esqueci da moto e BUM! Saldo final:
- Liz no meio da rua de joelhos ralados.
- Moto do outro lado da Rua toda arranhada e com uma roda torta.
- Motociclista com um corte feio e profundo no braço esquerdo.

Hoje, eu estava subindo para o DC, quando vi um placa de "PARE" em frente ao Teatro Florestan Fernandes (dentro da UFSCar), e logo abaixo da placa, uma sub-placa onde se podia ler "Preferência para pedestres". Eu vi a placa, abaixei a cabeça, esqueci da placa, levantei a cabeça e PAF! "Putaquepariu @##~&~*%@$# alguém anotou a placa do que me atingiu? Quem foi a jamanta que colocou uma sub-placa no mesmo poste de uma placa?"
Passada a dor, os palavrões e a certeza de não haver nenhum corte na cabeça (Não Nando, não vou passar nenhum derivado de álcool na cabeça pra ter certeza absoluta de que ela não está cortada), fui pro DC, e junto com o Nando e o Ronaldo ajudei a instalar os programas nos pc's dos LIG's para as palestras da "IBM on campus " nessa sexta e sábado.
Num momento "deixe-me prender direito esse cabelo descabelado" eis que sai um punhado de fios de cabelo na minha mão (Mas eu não faço quimioterapia, que que tá acontecendo?), e mais um, e outro... um belo chumaço de fios de uns 20 e tantos centímetros que, antigamente, compunham o meu cabelo e, após esse corte forçado e involuntário, deram origem a uma nova franja.

Talvez isso tenha me acontecido porque hoje cedo, na aula de Física, eu me gabei para os meninos de não ficar careca, talvez seria melhor se eu pensasse: "Vão-se os cabelos, fica a cabeça", ou então, talvez realmente existam coisas que só acontecem comigo, ou você já ouviu falar de outra pessoa que cortou os cabelos em uma placa de trânsito e ainda ganhou uma franja fashion? Então, eu também nunca ouvi falar.

Férias? Eu ouvi alguém falando Férias?

quarta-feira, 30 de maio de 2007

"O Blog entrou em greve também?"

Não Pires, o blog está em plena atividade (apesar da gripe e de outras enfermidadades desta que vos fala). Andei uma Bota meio furada, meio sem sola, meia-boca por esses dias.
A Bota Gláu anda desaparecida desde a greve, a Bota Raíssa resolveu pisar no acelerador e começou as aulas de direção e o Bota Edson desacelerou geral e fica alternando Diablo II e GA (sendo o primeiro um jogo e o segundo uma matéria de nome Geometria Analítica - para os leigos).

O clima é de greve e muito, mas muuuuuiiiito frio por esses dias. O vento assovia a noite toda, os vizinhos de cima ficam sapateando no quarto e tem uma tábua no terreno baldio ao lado que faz o seguinte barulho: "tec nhéééc tec nhéééc tec...", eu quero dormir, porra! Apesar de tudo, dormir é mais fácil do que acordar.
A UFSCar entrou em greve de funcionários mas não fechou os portões (o que seria um paradoxo pois estamos em dias de "Universidade Aberta", que são dias dedicados a visita das escolas à universidade) devido a uma liminar da justiça.
E falando na tal "Universidade Aberta", hoje, enquanto voltava pra casa, vi uma tenda do DM(Departamento de Merda, digo, Matemática) onde se lia "Matemágica" e pensei, que era exatamente essa matéria que eu precisava aprender pra fazer as provas de GA e Cálculo 1, porque matemática não resolve prova alguma.

E nessa época do ano começa a surgir a fatídica pergunta: Onde estão as férias?


PS: A sopa-da-meia-noite não fica pronta (Glau e Edson fazendo sopinha às 23:27 de quarta-feira).

E aí?

quarta-feira, 16 de maio de 2007

INGREVADOS

Reza a lenda, que todo ano ímpar, é ano de greve nas estaduais e federais do país. E, possivelmente, 2007 não será exceção. Outro grande mistério envolvendo os números ímpares se deve a uma das perguntas mais desafiadoras da humanidade: Por quê os livros de matemática (Cálculo, G.A. e derivados) possuem resposta apenas para os exercícios ímpares? SE alguém descobrir o porquê, ou a resposta dos pares me avisa, me liga, me manda um e-mail, peloamordedeus!

O Serra resolveu cortar o orçamentos das Estaduais pela metade, e dá-lhe USP liderando a greve. A USP SP parou, a UNICAMP e o CAASO (USP Sanca) estão praticamente ingrevados e a UNESP, com toda a certeza, vai atrás.
E, segundo os sábios mestres que já cansaram de ver e viver greves, a UNICAMP vai dar pra trás (talvez por isso seja UNIBAMBI), a UNESP vai bancar a esquerdista pobre que precisa de verbas (e realmente precisa) e a USP vai ficar sozinha e levar toda a culpa.
Do outro lado da rodovia Washington Luiz, na UFSCAR, os funcionários (e não os professores, vulgo docentes) resolveram que não vão abrir a biblioteca, nem o bandejão, nem a secretaria... e nem nada. Também planejam bloquear as entradas da faculdade e salas de aula, além da própria rodovia ( E os grevistas da USP também querem bloquear a Washington Luiz, só não sei se vai ter rodovia pra tanto grevista...).
Tirando os detalhes sórdidos como: Quem vai repor o papel higiênico dos banheiros? Quem vai limpar aquele campus gigante? Esvaziar os lixos? Cortar a grama? Fazer a segurança?
Tudo isso por causa dos decretos do Lula (Tenho de admitir que estou de acordo com os decretos - Raíssa que não me leia ou ouça).
Ninguém está satisfeito, nem com os reitores, nem com o governador, nem com o presidente...

Mas acalmem-se, nem tudo está perdido, nosso ilustríssimo governador, pensando no bem da educação, reformulou todo o método de avalialção das escolas públicas, padronizando-o.
O novo método consiste em "notas inteiras", por exemplo: Se um aluno tirar 4.1, sua nota vai para? Vai para 5!! E olha que legal, 5 é a nota de aprovação! Tudo isso, pensando no bem do aluno e da educação.
Agora sim eu acredito que a educação desse país vai pra frente, já tava no penhasco, só faltava esse empurrãozinho pra despencar de vez. Parabéns Serra! E, como não poderia faltar, Parabéns Lula, porque assim que essas pseudo-greves terminarem, teremos outra por causa do sistema de cotas maravilhuonderful e muy bem planejado pelos seus MOL ministérios.

Ai, ai... 2007 entrou pro TABU. Fazer o quê? TIRAR FÉRIAS, ÓBVIO!! Afinal, desse jeito, nossas férias de julho tenderão à zero.

Eeeeeê povinho fácil de se manipular!!Ooooô Brasil, vê se acorda e levanta pra cuspir!!


Relato Final dos BOTA
INGREVADOS ou INABADOS (semana de provas uhuuuul).



PS: E não adianta, com greve ou sem, os BOTA ainda preferem suas boas, velhas e renomadas faculdades públicas.

O frio fornicante da cidade do clima... SACANA.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Por aqui eu passei
Brejas tomei
Risadas esbanjei
Amigos reencontrei
Até privada quebrei!

Saio daqui feliz
Feliz por vocês estarem bem
Saio daqui feliz
Feliz por ser tratada tão bem.

Leisa Furacão




Então ela passou, rápida e intensa como sempre. Foi no shopping, foi ver o Teatro Mágico, fez gambiarra pra Raíssa sem-ingresso entrar, deu as caras no apê, tomou brejas (Brejas e não Bréjas, né Leisoka? Alguém tem de ensinar pra Raíssa), smirnoff, jogou truco (Liz Zorzo consegue sair com 3 coringas de uma só vez - foda ser sortuuuuuuda), quebrou a privada (será? - O Edson tá mandando dizer que sim!) e fez a Rá ter crise de mão-boba e derrubar vodka no tapete, feijão na mesa e assim foi. Também almoçou no bandejão da Federal e deixou saudades, garrafas vazias e esse poema, que se encontra na geladeira dos Bota.
As portas estão escancaradas pra você, sempre. Porque aqui, aqui sobra falta de você. Volta, volta logo!

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Friooooo. Ooooooô cidadezinha gelada. Ontém os termômetros marcavam 8 graus às 23 horas. Todo mundo passando muito frio. Hoje, depois da faxina, sopinha by Raíssa pra enquentar, banho quente, moletons e cobertores, partidinha de UNO e um breve debate sobre sexo.
Claro que nós, bacharéis da computação, somos castos e sequer pensamos nesses assuntos, mas eis que, Raíssa nos introduz a um seriado chamado Roma e uma dúvida: a definição de FORNICAR.
A pessoa que mais fornica nesse apartamento é o Edson. Ele fornica a todas nós, o dia todo. E, antes que os pais comecem a ficar fornicados, fornicar pode ser, tanto aquilo o que vocês estão pensando, como o simples e fornicante: irritar.

Quanto à facul, é a Federson fornicando os alunos do Caaso, e Guillermo, el lobo chileno, papando as notinhas da cor do chapéuzinho daquela menina dos contos de fada (Sim, a chaéuzinho vermelho - só hoje me dei conta de que ela não tem nome).
E agora, quem poderá nos defender? Chapolim Colorado? Caçador do lobo-mau? Não, não,, apenas eles, os únicos: Hamilton Guidorizzi e Paulo Boulos!! YEAH YEAH (em homenagem ao Rodrigo e ao Nando)!!


PS: Concordo com o macaco Simão, o Pastor Alemão tá no Brasil, o Rotweiller de Deus e... cadê o feriado? Se não tem feriado, não quero saber de papa! E pára de interromper os últimos capítulos da novela, porra! De repente, o Brasil todo virou católico e casto, impressionante, não vi nenhuma bala perdida no Rio de Janeiro essa semana.
Frei Galvão? Que mané Frei Galvão. Santo mesmo é o Sérgio Monsanto, vulgo Mão Santa. Aliás, não apenas a mão, como todo aquele homem é santo. Canonizem meu professor de Física, porque só ele e, apenas ele, não liga pra alunos desmemoriados, desestudados e, definitivamente, não se importa de ensinar, nem embaixo d'água, nem durante a prova. O importante é aprender, não importa a hora, nem o lugar!


PS2: Feliz dia das mães, pra todas elas! Amanhã é dia de voltar pra casa e, como o motorista do busão me disse outro dia: dia de visitar a mamãe. Porque, como diria Cazuza: Só as mães são felizes. E só são felizes aqueles que tem mãe e todo o amor e presença que apenas elas sabem oferecer. Um Feliz dia das Mães especial pras mães dos Bota, porque todas vocês são um pouco mãe de todos nós.

Tic Tac

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Preciso contar da visita da Leisa furacão, preciso atualizar o blog mas estou entrando numa semana de provas horrendas. Enquanto isso, pra quem entende um pouco de inglês e sabe que as ferramentas de tradução da internet são horroríveis...
Take a look no perdidos "traduzido" para o inglês by google. PERDIDOS_NO_INGLES


PS: Dá uma olhada no mural de comentários. Enjoy!

Festa

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Aguardem... Oooô Leisoka, chega logo pô! Estamos esperando com breja, abraços, sorrisos e colchão!

La mala educación

Eis que eu chego em Sanca na terça. Terça? Que vagal!! A culpa é toda da minha professora de lógica que foi a um congresso... em Miami (viva a total mole vida!).
Cheguei cheia de malas (uma preta, uma branca, uma azul e... outra super-branca que soy yo!) e atrasada. E cadê aquela porcaria de ônibus?? "Moço, esse daqui sobe a Alexandrina?" "Não, mas o que pára ali atrás, sobe!" "Valeu!". Eis que eu me encontro no ponto de busão, e não muito longe, se encontram 3 meninas, com uniforme do colégio estadual de Sanca, o papo que rola é o seguinte:

Menina1: Então, aí meu tio falou que se eu trabalhar pra ele, ele me paga metade de um salário mínimo. Quanto que está o salário mínimo?
Menina2: R$ 380,00.
Menina1: Ahhhh, então, vou ganhar uns 130.
Menina3: (Se matando de rir).
Menina2: Que mané 130, é mais do que isso, você vai ganhar uns 140!
Menina1: (ri) Você é burra? 140 não é metade de 380, é metade de 240!
Liz: O.o
Menina3: (Se esbolachando de rir). Gente, eu dou muita risada de vocês (jura?). Você vai ganhar, mais ou menos uns 160, 170...
Menina1: Não, acho que vai dar uns 180... Ahhh tô com preguiça de pensar!!
Liz: ¬¬

Nesse momento ela puxou o celular, e usando a calculadora descobriu que era 190.

De vez em quando eu penso que isso daqui não é um país, é um buraco.
E o que a menina que ama história, debates geo-políticos e ler jornal pode fazer pelo mundo, quando ela se meteu no meio de uma tal ciência da computação? Antes de me sentir um "peixe-fora-d'água" e dizer "nada" eu me lembrei que o tema da Imagine Cup 2007 (Feira tecnológica realizada pela Microsoft - aquela do Bill Gates) é “Imagine um mundo onde a tecnologia permite uma melhor educação para todos”.
E também que tem muito projeto na própria Federal como o inclusão.com, onde a galera da minha área arranja um tempo pra fazer esse planeta rodar melhor e ajudar esse Brasil a parecer um país.

Me sinto orgulhosa dos amigos que se envolvem com o mundo, que se metem em reuniões da ONU, que ensinam crianças a ler, plantar árvore e mexer no computador. O lance não é apenas imaginar, é imaginar e fazer. Bora?

Nem rezando...

quinta-feira, 19 de abril de 2007


Foto tirada da janela principal d'os Bota.
Fotógrafa: Kelly Bressan, irmã da bota Gláu. http://flickr.com/photos/kelly_bressan

Nossa nada mole vida

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Você lava louça, banheiro e faxina a casa. Faz compras, paga contas... Vara noites estudando pra matérias não-exatas, lecionadas por verdadeiros filhos-das-respectivas-putas, que não falam português, rabiscam grego na lousa, chegam atrasados pra aplicar provas e, pra quê? Pra levar pau em cálculo. Você roda finais-de-semana em cima dos livros do Boulos pra tentar descomplicar a matéria que uma mal-amada-esquisitona complicou e, pra quê? Pra levar pau em G.A.
Alguém põe fogo naquela porcaria de prédio denominado D.M. (Departamento de Matemática) porque nem as máquinas são tão desumanas quanto aqueles MMM's (leia Malditos Matemáticos Malucos).
Você olha pra janela e sente uma súbita vontade de cometer um defenestruicídio. Depois um sul-coreano entra no prédio das Engenharias, na Virgínia, atirando em tudo e todos e ninguém sabe o porquê. Hoje, e não só hoje, eu atirava no espanhol da Ufscar metido à professor e a Gláu e o Edinho atiravam na ruiva metida à fodona do Caaso. Pra quem achava que gostava de matemática e pra quem nunca gostou, ela não é uma matéria exata, não sei quem foi a mula que a classificou assim.
Se estamos fodidos? Fodidos e mal-pagos! Verdadeiros putos metidos no meio de uma verdadeira orgia, onde todos estavam se fodendo.
E, sinceramente, espero que nenhum pai leia esse post, porque normalmente, regularmente, somos universitários educados, felizes, saudáveis e bem-humorados, seguramos a porta do elevador pras velhinhas e dizemos "bom dia" com sorriso aberto e sincero pra todos.
Amanhã é outro dia, outra história.
Amanhã é dia de festa, com direito a vodka e reclamações da vizinha do andar de baixo. YES!!

Os Bota e o UNO

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Você sabia que existe 5D?
5D?! Existe até n-D!!
Mas os cientistas só descobriram até a oitava dimensão, embora, matematicamente, sejam infinitas!
Segundo a Teoria da Relatividade podemos cortar o tempo/espaço e irmos pro futuro.
Não só pro futuro, podemos retornar ao passado... e também, podemos existir em mais de um lugar ao mesmo tempo.
Ahhhh não, eu não acredito nisso!
Olha pro seu reflexo ali e me prove que não!
Ahhhh pára com isso, agora você me intrigou!
Não, isso é impossível!
Claro que podemos!
Claro que não!
Claro que sim!

Claro? Claro que já começamos a babar verde. Cansamos! Cansamos de estudar, simples assim.
Até a pedagoga da casa entrou na roda. Chegou a quinta-feira e todos chegamos em casa mais cedo, pra ficarmos um pouco juntos, vermos um filme, comer um jantarzinho gostoso feito pela Raíssa... que, somente hoje, tentou nos converter ao vegetarianismo. Se ela é vegetariana? Não, mas um filme de nome "A carne é fraca" (trecho da história contada pela Raíssa: "Aí, os pintinhos que nasciam defeituosos, eram jogados fora como lixo, e triturados vivos pra virar ração pro gado.) fez ela repensar o caso... "Então gente, quando acabar a carne da geladeira vamos virar vegetarianos?". "Ahhh Não!". "Não!". "Ai que vontade de comer um hamburger!".
E assim a conversa foi, até a Teoria da Relatividade, infinito e além, em meio a gritos, argumentos e muitos risos.
Dessas conversas das altas horas da madrugada, já chegamos a conclusão que, todos vamos virar missionários, pregando a palavra de Deus pelo mundo, sustentados pela Igreja. Que universitário enxe a cara, porque estudar da sede de cerveja, smirnoff e assim vai... E falando em sede, uma hora depois de eu ter ligado pro Disk água, o galão ainda não havia chegado e eu, que já estava de mal humor e morrendo de sede, interfonei pro seu Isaac: "Seu Isaac, a minha água, por acaso, não chegou né?", e talvez porque era óbvio que a resposta era não, ele respondeu: "Bebeu água?" e eu, sem me tocar: "Não...", ele retornou "Tá com sede?", e eu, com muita sede, respondi: "Tô!" e, nesse momento, a figura do meu querido zelador-porteiro, começou a cantar: "Olhaaaaa a água mineral, água mineral... Quando chegar eu aviso!". E chegou, 5 minutos depois.
No meio dessas filosofias-de-bar, debates sobre Física Quântica, Cálculo e... e, no fim, sentamos todos juntos, pra jogar uma partidinha de UNO (Federal 3 X 2 Caaso) e rir, rir como há tempos não riamos. Rir daquele jeito escancarado, escandaloso, se jogando no chão e batendo no tapete, rir aquela gargalhada presa a semana toda, felicidade entalada na garganta e que, no meu caso, quase me matou (Rir com coca-cola na boca pode causar falta de oxigenação no cérebro, excesso de gás carbônico no pulmão e, consequentemente, afogamento - sensação horrível, entre morrer-afogado e soltar coca-cola pelo nariz, fiquem com a segunda opção).

Amanhã é sexta-feira, dia de se mandar de Sanca, de recarregar as energias... Se voltar no tempo fosse possível (e eu sou daquelas que afirma ser), não faríamos nada diferente, apesar das dificuldades, do stress, de todos esses limites, tendemos a ficar juntos, a brigar contra os zeros e seguir unidos rumo ao infinito. Pela esquerda? Pela direita? Quem se importa? Essa semana promete, e todas as outras também. Bem vindos à vida universitária.

Super-man-e-mercado

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Quando o Superman perde uma de suas lentes de contato, no meio de uma prova de lógica, ele é obrigado a voltar a ser Clark Kent. Se esconde atrás dos óculos e sai por aí, sem ter de salvar o mundo.
Erra o ônibus, tropeça, acorda gripado, esbarra nas coisas, come porcaria, passa mal, tem sono, indisposição e mal-humor. Quando o Superman se veste de Clark Kent, ele esconde a super-força e não tem vontade de voar.
Se o Superman usa lentes de contato, eu não sei. Sei que essa semana vesti os óculos e o Clark Kent.
Foi uma semana incomum. Vim pra Sanca domingo à noite, no carro da minha prima, e no meio do caminho, meu humor mudou violentamente, e eu cheguei aqui cantarolando, tagarelando, dançando e sorrindo sozinha, tive um pico de lizite aguda, aquela mesma que quando acordava, tumultuava as aulas e ria, ria até morrer de rir e nascer de novo.
Segunda tudo mudou, passei dois dias metida em provas (E esse povo do cursinho coçando! Metade do tempo vocês boiam, a outra metade flutuam - vidão!). Hoje acordei com a maior indisposição do mundo, cheguei atrasada pra aula de GA e cadê a professora? Não foi!
A menina que eu jurava até a morte que faria jornalismo, resolveu fazer direito, tem gente fazendo arquitetura, sem nunca ter desenhado uma casinha ou homens-palito, tem gente de barba grande, tem namoros-eternos acabando e gente de dez anos atrás ressurgindo pra provar que o mundo, não passa de uma bolinha-de-gude, no meio de um jogo chamado infinito. E tem a gente fazendo cálculo, e aprendendo que tem um infinto que vem pela direita e outro que vem pela esquerda e que matemática, de exata, não tem nada. Será que eu fiz muita falta nesse tempo que eu fiquei fora de órbita? Um semana? Um mês? Mudei de casa e sem perceber, de mundo também.
A telefônica liga de 5 em 5 minutos em casa, tentando vender a minha própria alma pra mim mesma e como se não bastasse, ontém, assaltei o supermercado. Assaltei? Sim, mas foi sem querer. Sem querer? Juro!
A gente trouxe as compras pra casa (Eu, Raíssa e Edson - A Gláu estava brigando ferozmente com o infinito). Raíssa começou a cozinhar, Edson foi pro banho e eu, bom, eu fui guardar as compras. E tava faltando 2 pacotes de arroz e um de feijão. Aí volta a Liz pro supermercado. Problema resolvido sem hesitações (Eu, com a minha cara-pálida de honesta, roubando arroz e feijão? Nunca! Até o gerente achou isso! )... Problema resolvido até o Edson sair do banho e falar que, na verdade, o arroz e o feijão já estavam guardados na dispensa. E agora? Devolver ou não devolver? That's the question! Volta a Raíssa pro Dotto (nome do supermercado) e devolve a mercadoria errante.
Ainda bem que, da próxima vez que eu tiver de voltar pro Dotto, Clark Kent já terá voltado a ser Superman e daí vocês sabem, sem óculos, tanto eu quanto ele, somos irreconhecíveis.

O DIA

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Então a bolsa estourou. Uma hora da manhã.

"Hélio, a bolsa estourou"
"A bolsa? Que bolsa? Mas você não tinha deixado as coisas prontas na mala?"
"A minha bolsa!"
"Ahhhh A BOLSA ESTOUROU!"

E liga pra meio mundo. Vós, vô, tios e tias. Tira foto do barrigão.
No meu futuro quarto, dormia o primo-irmão mais velho, como se soubesse que, naquele dia, alguma coisa fosse acontecer.
Oito horas depois, após muito esforço por parte da minha mãe, uma Liz entalada por um ombro grande, que sempre foi, nasce via fórceps, num dos partos mais anormais e difíceis.
"Pessoas importantes não vêm ao mundo facilmente."
Sob a proteção de Marte, nascia há 18 anos atrás, uma ariana de um dia de sorte, 7, a sexta neta de Yolanda Viganó Faggion, a neta sanduíche, no meio de 2 homens, de Amélia e Ângelo Zorzo, primogênita de Hélio e Valdete Zorzo e, para sempre, a irmã mais velha do Lucas.

Se eu tô envelhecendo hoje? Não, eu não envelheço, nunca envelheci, nem nunca vou envelhecer, muito menos no dia em que completo 18 anos, no auge dos meus 1,77 de altura e muita história pra contar e viver. Síndrome de Peter Pan. Terra do Nunca? Não, Terra do Sempre. Sempre pirralha, palhaça e metida à besta. Juventude de espírito, coração, mente e, por enquanto, corpo.

Filha de Abril, o mês cruel, segundo Edgar Allan Poe, filha do casamento entre os ventos do outono no hemisfério Sul e das flores primaveris no hemisfério Norte.

18 anos de uma vida, inserida em não sei quantas outras. Feliz 18, pra mim, pra você que os têm recém-completos, pra você que ainda os completará, ou que os completou há mais de 100 anos. Feliz 18 pra todo mundo, e se forem me desejar alguma coisa, pensem no melhor dos seus 18 anos e revertam isso pro mundo, quem sabe hoje, a gente não muda alguma coisa - Afinal, um dia como esse, em que a eterna pirralha ganha idade de gente-grande, é milagroso.


Amo vocês e é pra sempre, porque eu sou imortal, de espírito, mas sou! Parabéns pra gente!

"Dia-e-meio"

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Que semana que nada, passei foi um "dia-e-meio" em Sanca. Cheguei na terça à uma da tarde, voltei na quarta, às seis e meia da noite. Portanto, não me resta muita coisa pra contar.
Se semana passada não postei, foi pelo mesmo motivo que não fui na aula nessa segunda-feira: preguiça! Mentira, foi por causa de uma porra-louca que foi se perder em Londres, e isso não vem ao caso.
A semana mais curta da temporada só existiu pra mim e pra Raíssa (O Edinho e a Gláu tiraram uma semana off, Caaso coxa, XUPA! - E quem disse que esse blog é uma democracia? República é uma coisa, blog é outra, quem escreve aqui sou eu e portanto: PROPRIEDADE FEDERAL).

E o que se tem pra contar num "dia-e-meio"? Que a Raíssa foi pro batizado da pedago, e voltou às duas da matina com a caneca vermelha da Ufscar exalando um puuuuta cheiro de cerveja e que eu, ainda estava acordada, copiando umas coisas de lógica e assistindo ao Jô entrevistar a Claudinha Leite, do Babado Novo.
Também posso contar que a pessoa que foi pra Sanca, não era a Liz de sempre, era um outro alguém. Liguei o meu "lado negro da força" e sai de casa. Sai atrasada do apê, fui andando calmamente em direção ao ponto de ônibus, os semáforos foram mudando de cor à medida que eu passava, e dessa forma, nada interrompeu a minha caminhada decidida. Levantei a cabeça e fui. Eu e o ônibus chegamos juntos ao ponto, ele parou bem na minha frente e abriu a porta, sentei no último lugar vago e larguei as outras vinte e tantas pessoas (que já estavam esperando o ônibus bem antes) de pé.
Levei um susto quando ele não passou pelo ponto da área Norte onde eu desço, aquele era um ônibus de área Sul (mais raros), e onde eu tenho aulas às quarta-feiras? Na área Sul, óbvio (Se fosse a Liz que estivesse naquele ônibus, eu ia descer no meio do Lago, em cima de uma tartaruga. Mas não era a Liz, então até o que aparentemente estava errado, estava mais correto do que o habitual).
A comida no bandeijão estava boa (Mais raro do que ônibus pra área Sul). Encontrei a Raíssa pra almoçar por mero acaso, nem tive que ligar pra localizá-la. Ganhei carona pra casa e quando cheguei na portaria, o seu Isaac me disse: "Tenho uma coisa pra você. (Darth Liz pensa: What the fuck?) O Terra mandou."
E aí a Liz malvada sumiu. Até o Seu Isaac notou: "Sabia que você ia ficar feliz!", e fiquei mesmo: O Speedy chegou, e antes do prazo. Subi até o sétimo andar babando no modem e dizendo: "Bonitinho da mamãe!".
Da série milagres: Liguei na Telefônica e no Terra, e fui atendida super-bem (MUITO MAIS RARO QUE COMIDA BOA EM BANDEIJÃO E ÔNIBUS PRA ÁREA SUL), e até a previsão de disponibilidade de conexão (que era pro dia 11/04) desapareceu e está tudo funcionando perfeitamente bem.
Na volta pra casa, uma puuta chuva gostosa na estrada, e uma Liz que apagou de sono. O lado negro demanda muito mais energia do que o lado branquelo de sempre.

PS: Pronto, podem parar de xingar, os posts já estão em ordem. Feliz Páscoa pra todos, Feliz Aniversário pra mim (Sábado, dia 7 - 8/9 horas, todo mundo no Velloso e não, eu não vou pagar nada, sou univesitária dura) - Dia 7 eu posto alguma coisa, afinal, a pirralha vai fazer 18.

Compacto

quarta-feira, 4 de abril de 2007

AVISO: ESSE POST NÃO É ENGRAÇADO.

Será que alguém se atreve a ler depois disso?
É verdade, eu pulei uma semana - Não deu pra postar. Então, pra não ficar um buraco nos anais desse blog (ou outro buraco - e tem gente que não vai entender o trocadilho), aqui vai um COMPACTO, que não segue ordem cronológica porque minha memória é falha.

- Subir com as malas até o prédio caaaaaaaansa. Por quê a gente não pega Táxi? Porque aquilo é um CARTEL, que além de cobrar caro, obriga a gente a pegar o táxi por ordem de chegada (E, sempre na nossa vez, sobra um cara chato, com cara de pouca-vontade e mau humor constante).

- O preparador físico do HAND se chama He-Man e me fez dar 3 voltas ao redor do lago da Ufscar (Que, acreditem, tem uns 2km). Enquanto a Raíssa foi pra piscina, eu tive que enfrentar um território irregular, cheio de lama (ou pisava na lama, ou caia no Lago) e que, de 5 em 5 metros, se avistava uma placa, onde se lia: CUIDADO - CARRAPATO ESTRELA - FEBRE MACULOSA. Acho que eles mandam a gente correr ao redor do lago pra matar os carrapatos à pisadas, porque não faz sentido correr ali quando se tem uma pista de atletismo ao lado.

- Aprendi a fazer um programa em linguagem C (Nem vou perder tempo em explicar) que calcula o IMC. E fiz mais um monte de programinhas toscos, que deixaram a mim e aos outros leigos em programação com um sorriso bobo no rosto.

- A UFSCar colocou guardas nas filas do RU (Restaurante Universitário, vulgo bandeijão), pra evitar o famoso "fura-fila". Eu era praticante assumida (Eu, e todo o resto). Vamos ver até quando isso dura...

- Quinta à noite fizémos uma faxina geral no apê. Pensa que morar aqui é moleza?

- A comida do bandeijão tá ficando melhor? Ou será que eu já estou me acostumando? Não sei, só sei que acontecem coisas bizarras no RU.
Semana passada, ocorreram os jogos entre QuímicaXFísica, pela posse do caixão! Caixão? Sim, eles disputam um caixão, por quê? Não faço a mínima. Mas é fato, que umas 30 pessoas da Física entraram no bandeijão, pintados, segurando um caixão com um cara da química (raptado, coitado) sentado dentro e uns integrantes da bateria da Federal (Acreditem, 5 integrantes fazem muito barulho) fazendo algazarra e gritando: "Uhhh regra de 3! Uhhh regra de 3!" e "Vai fazer kissuco! Vai fazer Kissuco!" ou então, o já famoso: "Química - XUPA! Química - XUPA! Química - VAI PRA PUTA QUE O PARIU IH OH (Sabe quando um burro - animal mesmo - faz ih oh?! Então, é mais ou menos assim que se grita esse ih oh no final)!" Fato foi, que todo mundo parou de comer e começou a rir - coisas que só acontecem na Federal.

- Essa foi a semana em que nós estressamos com a telefônica (Como assim: Indisponibilidade Técnica? Problema na Central? - Defina Técnica e Central. Prove Indisponibilidade e resolva o problema, porra!). Eles disseram que não havia disponibilidade pra instalar o speedy, só após 15 dias... O melhor foi a Raíssa no telefone, após o telemarketing (TELEMARKETING XUPA!) perguntar se estava tudo bem: "Não, não está tudo bem"! Enquanto isso, do outro lado da sala, o Edson brigava com a TIM, via celular, porque não conseguia efetuar o cadastro e, portanto, não conseguia fazer ligações (Aparentemente a secretária digital deles emperrou, e a o invés de passar pra um atendente humano, ficava repassando a gravação eternamente).

Depois dessas, só saindo pra comer no Quase 2, pra afogar o stress...

OS BOTA

sábado, 24 de março de 2007

República OS BOTA fora - somos quase 5, porque um já foi pros quinto.
Esse é o nome permanente-provisório da rep. Porque afinal de contas, nós já fomos botados pra fora de outros apês, do nosso PRÓPRIO apê (quando a maçaneta resolve que quer cair, quando a porta resolve que não quer abrir) e convivemos com o quinto elemento, que desconfiamos, ser o motivo das coisas terem vontade própria no tal do 71, o ex-deputado, senhor Vicente Bota (as contas continuam vindo em nome dele, mesmo depois de morto, pena que defunto não paga conta).
Pra quem vier pro apê, sim, tem que trazer colchão. O apê é muito localizável no sétimo andar, é um que tem uma foto-quadro de uma menina na porta de entrada (que é a foto da neta do Bota, uma homenagem ao quinto elemento, quem sabe agora, ele não resolve deixar a gente entrar). É fato que a rep dos Bota está tendo problemas com os vizinhos do 61.
Antes e até o presente momento porque nosso apê estava vazando no apê de baixo, e agora porque, bom, porque, vejam só vocês, a gente apagou as luzes e ligou o som um pouquinho alto (e era beeeem antes das 10 da noite) e ficamos cantando, dançando e mexendo com quem passava na rua... coisa de universitário com tédio, que mal há? Talvez seja verdade que estávamos um pouco alterados, mas a culpa não é das drogas, nem das bebidas alcoólicas, a culpa é de felicicade e harmonia em excesso e da INCA KOLA. Sim, INCA KOLA - El sabor del Peru - um refrigerante peruano que aparenta ser xixi, tem um gosto de chiclete e é à base de ervas (ervas como a erva cidreira tá?). É fato que o treco é delicioso e viciante e que a Coca-cola, por causa da Inca-Kola estava falindo no Peru (Problema resolvido, a Coca comprou a Inca).
A verdade é que nos divertimos muito, dançando coisas bizarras, desde "I will survive" (com direito a cobertor se passando por capa de gliter) e "Thriller" até Shakira "Hips don't lie" e a velha música da Gasolina, cantada em espanhol e com explicações de "Como se dança ISSO no Peru" by Raíssa (aliás, se dança dando mega-encoxadas, música muito promíscua crianças, não dancem isso em casa).
Estava tudo muito bom quando o interfone tocou. E claro que, pra variar, eu, Glau e Raíssa saímos correndo para os quartos e deixamos o Edson (homem da casa tem de servir pra alguma coisa) sozinho pra atender ao Seu Isaac (nosso porteiro gente-finérrima).
A véia do 61 ligou 3 vezes na portaria (o seu Isaac a ignorou por completo nas primeiras 2 vezes), mas a "chata-de-galocha" (palavras do Seu Isaac) não parou de atormentar.
Desligamos o som, a festa acabou e fomos ver TV.
Me pergunto: Será que estávamos fazendo tanto barulho assim? Bom, quando a Raíssa desceu até o orelhão pra ligar pra-não-sei-quem, eu e Glau gritávamos na janela e fazíamos gestos "YOU (apontamos a Rá)! Doing that thing you do (e daí eram só firulas e estripulias)", mas acho que ela não gostou da brincadeira que fizemos (antes de darmos nossa festa private) com as filhas dela (A véia é tão velha, que eu jurava que eram netas - igualmente chatas, segundo o Seu Isaac). Alguém se lembra da barata do Edson? Aquela que a Tetê (Teresa, inspetora do COC) confiscou? Pra quem não se lembra ou nunca viu, tem uma foto dela postada logo à baixo.
Então, o que a gente fez foi... engraçado. Acontece que a gente viu as 2 meninas comendo uma caixa de Sem-Párar (imitação do BIS) na janela, descemos um bilhetinho por uma linha até a janela do 61, onde se lia: Manda um Sem Párar pra cima. Sabe qual foi a resposta? Um belo de um gesto obsceno (famoso dedo do meio - bad finger- meninas má educadas). Então, pegamos a mesma linha do bilhete e amarramos a barata. Os gritos foram hilários e sucessivos (as 3 vezes que descemos a barata elas gritaram - além de histéricas são, como diria a Raíssa: Burrrrrrrrrrras).
E foi assim, que nossa implicância com o 61 começou. Apesar que quando a véia chegou ao apê, uma das meninas gritou: Minha mãe chegou, vamos ter que párar de brincar. Brincar?! Ok então.
No dia seguinte, eu e a Rá encontramos um dos futuro-médicos no elevador. O nome dele é Felipe (eu sempre falo Fábio, sei lá. Dr. Fábio soa melhor), e a primeira coisa que ele disse foi: Quando vocês vão dar uma festa pra gente (os futuros-médicos) conhecermos vocês?
E logo em seguida contou que, uma vez, a Rep. deles deu uma festa até às 4 da matina, e depois tiveram de pagar 300 paus de multa ao condomínio (mas não falava nada de festas no contrato, só de bingo e jogos de azar...). Portanto, os primeiros 30 convidados da nossa festa devem: Trazer colchão e 20 paus, 10 pra bebida e 10 pra futura multa.
Vamos ver como a véia do 61 se comporta, se ela continuar a pegar nos nossos pés, além da gente abrir todas as torneiras do banheiro (maldade que fizemos na segunda-feira, afinal, eram 8 horas da noite e estávamos no nosso direito) pra vazar muito no dela, vamos mandar o véio Bota assombrar o apê de baixo.
Tá bom, prometemos nos comportar (têm pais lendo isso). Ahhh falando em barulho, por quê ninguém reclama do barulho do 72? Que desde que os interditados se mudaram está em reforma e faz barulho a tarde toda?! Só reclamam de nós, porque somos universitários, jovens e saudáveis (Virou pré-requisito ser velho, caquético, enrugado e adepto de Alzheimer ou Parkinson pra morar nos prédios do centro de Sanca). Puro preconceito!

Da série FOTOS

sexta-feira, 23 de março de 2007

Antes que me matem, fotos:


E quem não se lembra dela? A barata do Edson. Atualmente pendurada na parede da sala e utilizada pra assustar as vizinhas do apê de baixo.



Dobradinha de Raíssas com a famosa e amada INCA KOLA (El sabor del Peru) que tem aparência de xixi, gosto de tutti-frutti e é à base de ervas (não pensem besteira, ervas, do tipo cidreira, tá?!).


Sim, esse é o chapéu da Oktoberfest e essa é a Glau dançando...Michel Jackson! Detalhe: Olhem a sombra da parede.


Meu PC na aula de CAP (Criação de Algorítmos e programação). E sim Tati, é o necas na telona de 19 polegadas.
E se contentem com essas por enquanto, fotos à base de celular mesmo, porque eu não levei minha cam pra Sanca... Semana que vem tem mais (vou fotografar o que as pessoas escrevem nas portas dos banheiros, muito trash!).

Limão

sábado, 17 de março de 2007

Dim-dom (pseudo-onomatopéia universal para campainhas). Edson abre a porta.
- Oi, nós somos seus vizinhos, tudo bom? Tem limão para nos emprestar?

E foi assim que tudo terminou. Sim, terminou, porque o dia em que de fato conhecemos nossos vizinhos (quarta-feira à noite), foi também o último dia deles no edifício rosa de prata (a véia proprietária quis o apê de volta).
E terminou bem, terminou com caipirinha, licor de kiwi e jogo de futebol (não tão bem assim, o Corinthians ganhou - pra felicidade do Edson - e descontentamento meu, da glau e dos vizinhos).
E também terminou com a Liz ganhando um presente do Vítor (veterano do BCC da UFSCar e ex-vizinho): uma pilha de relatórios de física prontos e com boas notas azuis.
A Raíssa resolveu bancar a bela-adormecida e, simplismente, estava desmaiada no quarto ( e de porta trancada). Apagou, capotou de sono e no dia seguinte lamentou não ter acordado.
Apesar de não ter conhecido os vizinhos do 73, a dorminhoca levou um lero com um dos futuros-médicos do 61 (essa semana começaremos a manter contato) e ainda tem os do 81 (que nunca vimos as fuças) e vamos descobrir mais repúblicas nesse prédio.

E sim, precisamos de um nome pra nossa rep., uma vez que a dos vizinhos se chama "Interditada", República Interditada (eu, glau e edson entendemos perfeitamento o porquê do nome - vocês precisavam ver a cozinha dos caras - a Glau quando estava de saída e viu a cozinha, exclamou, sem querer: Que bagunça!). Alguma sugestão de nome? Aguardo no mural, orkut, msn, sms, etc, etc, etc... (Vai Loira, você que está fazendo publicidade e propaganda, tem que nos ajudar com o marketing e o nome).

Falando em cozinha, nós não andamos frequentando muito a nossa, estamos sobrevivendo de bandeijão e delivery (no máximo fazemos hot dog, miojo, pipoca e café-da-manhã).
Quarta pedimos um lanche do "Quase 2", aliás, antes de fazermos o pedido do lanche, ele chegou. Sim, estávamos eu e Glau esperando o elevador (porque estamos sem telefone e precisamos ir até o orelhão ligar pro delivery) quando abrimos a porta e... Um pacotão, exalando um cheiro maravilhoso (cheiro-de-fome), com 2 lanches enormes, aparece bem na nossa frente. Não, o delivery ainda não atende à pensamento, o lanche ero do décimo terceiro andar e parou no sétimo por engano.
Pedimos o tal lanche, chegou super-rápido e agora entendemos o nome da lanchonete: Quase 2 LANCHES (porque o lanche é enorme, muito recheado, são praticamente 2 lanches mesmo e não existe lanchonete ou carrinho de lanche em Araras que se compare ao "Quase 2").

E essa é pra Natássia, Naty, tive palestra com o GAIA (Grupo Ambiental Ipê Amarelo) sobre o uso das canecas dentro da universidade (Tanto na UFSCar, quanto na USP, usamos canecas pra tudo, desde beber água nos bebedouros e suco no bandeijão, até mesmo pedir sorvete na caneca - ao invés do copinho ou da casquinha - nas sorveterias), evitando assim o uso de copos plásticos. E bom, o palestrante era RUSSO. Ou melhor, filho de uma russa, e tinha um sotaque pesadíssimo e engraçado, e adorava falar "etecétera". E não Naty, ele não era bonito igual aos tenistas russos (vai ver o pai dele é brasileiro e ele puxou ao pai).

Pra terminar a semana, pela primeira vez na vida estou me sentindo muito burra e incapaz de enteder o que um professor fala, como se ele estivesse falando grego. E a aula é cálculo 1, e como se não bastasse, o professor não fala grego, mas é chileno, e fala um português horrível que às vezes se mistura com um espanhol ultra veloz (alguém aí tecla SAP que eu não to entendendo NADA!!) .

Estamos todos bem e vivos, a maçaneta da porta continua caindo e a Glau e o Edson acharam um quadro com uma foto de uma menina no apê (neta do véio Botta, será?) e um chapéu da Oktoberfest que está pendurado na parede da sala.
Já temos chapéu e canecas, falta a breja e a galera, e então, quando vocês vêm?

Diretamente de Sanca

segunda-feira, 12 de março de 2007

Segunda-feira, 7 e meia da matina. Você abre a porta e está prestes a sair do apê quando olha pro tapete, e lá está uma carta (carta? Digo, pedaço de papel) onde se lê: "Xuuupa mulherada! Qual curso vocês estão fazendo e onde?"
Esses são nossos vizinhos, 4 universitários, e é só isso que sabemos. Tudo começou com um XIUUU gritado às 9 da noite, uma campainha tocada e... ninguém. Tocar a campainha e sair correndo era algo que eu fazia quando tinha unssss 7 anos, mas não estranhem, universitários constantemente expostos ao seus respectivos cursos tendem a sofrer uma infantilização cômica.
E desde aquela campainha estamos trocando correspondencia com nossos amados vizinhos veteranos. Já nos encontramos com eles no elevador mas... continuamos fingindo que nada acontece.
Descobri que não tenho aulas segundas à tarde e terças de manhã (o que significa que poderei assistir tela quente toda segunda e ir dormir tardão). Já arranjei umas caronas. Já vi uma iguana, vulgo lagarto, correndo no meio do mato da ufscar e, finalmente, conheci o famoso (e detestável) stake de frango do bandeijão (que segundo a Raíssa parece polenta, e se você comer pensando que é polenta fica mais gostoso), o que importa é que nós fizemos nossa boa ação do dia doando o nosso bifão de frango borrachudo e de gosto indefinido pra um dos cães da ufscar.
O Edinho e a Gláu continuam bem... bem sentadinhos no sofá da sala fazendo uma pilha de exercícios de cálculo 1 e GA, pelo menos o bandeijão deles é melhor que o nosso (dizem eles, ao menos).
E pra terminar, mais uma vez reconheceram meu sobrenome hoje, a profa. de Intro à lógica, e o que eu aprendi? Aprendi que:

A1 Bob gosta de lógica.
A2 Bob gosta de quem gosta de lógica.

Logo: C - Bob gosta de si mesmo. Portanto, A1 + A2 --> C

Bom terceirão e cursinho pra vocês!

Shake it up baby

sexta-feira, 9 de março de 2007

Cheguei no domingo de vitória palmeirense (pra minha felicidade e infelicidade do corinthiano Edinho) acompanhada da Glau, malas, travesseiro e pais ao apê 71 da Rua São Joaquim, 1607.
O Edifício Rosa de Prata possui 3 porteiros fixos: Júlio, Carlos e o mais simpático: "Seu Isaac".
Meus pais foram embora e eu me senti estranha por uns 2 minutos. A Gláucia, o Edson, a Raíssa e a Liz formam uma família agora, de sobrenomes diferentes porém, mesmo endereço. Sabe aquela história de que os amigos são a família que a gente escolhe? Coloque na prática e passe a viver com eles, o que você tem são conversas até as 3 da matina, altas risadas e histórias hilárias (não, ninguém se estapeou ainda, se acontecer eu conto).
Na segundona acordei ao som do meu celular discreto que berrava:

"Shake it up baby now (shake it up baby)
Twist and shout (Twist and shout)
Come on, come on, come on, come on baby now (Come on baby)
Come on and work it on out"

Fui pra UFSCar, e enquanto a Raíssa acertava a sua matrícula na pedagogia, eu fui pra aula de apresentação do BCC (lógico que cheguei atrasada porque me perdi pelo campus). Entrei sob aplausos e comemorações (bixetes são raras) e sai com as orelhas pintadas de verde (apesar de raras, ainda são bixetes). Os veteranos tentaram nos amarrar com barbantes, mas não deu certo, porque estes cortavam os pulsos dos bixos, então fomos passear pelo campus de elefantinho (meigo!).
Chegamos ao ginásio gritando BCC, Xupa ENC, Xupa caaso e coisas do gênero. Do lado de fora do ginásio o que se via era uma cena quase circense: bandeiras da federal gigantescas, faixas enormes com os nomes dos cursos, a bateria da federal mandando ver, bixos rolando em coreografia, bixos escorregando em um toldo preto com sabão... Era muita cor, barulho e coreografias reunidas em um lugar só, um caos harmônico e engraçado.
Dentro do ginásio a turma de Medicina resolveu dar as caras (e foi vaiada por todos - Medicina XUPA! - essa é a ordem geral, e confesso que não entendia o porquê até perceber o quão metida essa galera da medicina é), assim como o Reitor (não ouvi sequer meia palavra).
Os veteranos passaram recolhendo um pé dos nossos tênis (pra garantir presença no pedágio - o tênis seria devolvido depois) e o vale-camiseta calourada 2007.
Achei a Raíssa, digo, ela me achou. Apareceu do meu lado de repente, perdida e pintada de rosa. Reza a lenda que todo bixo é perdido e burro, a primeira afirmação é verdadeira, a segunda, bom, nem tanto. E quem disse que eu entreguei meu tênis? Escondi na mochila e fingi que estava recrutada pro pedágio. E encontrei uma veterana japa, baixinha e simpática, que surrupiou uma camiseta pra mim.
Saímos do ginásio rumo ao RU (Restaurante Universitário, vulgo bandeijão) e antes de almoçar hambúrguer, tivémos que beber um treco ruim e doce, que não era pinga, e eu desconfio que tinha um belo de um laxante dissolvido (polpem-me dos detalhes sórdidos, vocês podem imaginar o porquê da minha conclusão).
Todos os bixos foram obrigados a almoçar com 2 facas (super legal, se vocês querem perder a paciência e cortar a boca, experimentem), independente do curso. E eu, sortuda que sou, parei bem na frente de uma mesa de veteranos pra atender o celular e consequentemente, fui obrigada a limpar a mesa deles (por sorte apareceram bixos do sexo masculino e fui isenta do trampo - aparenetemente zoar os homens é mais engraçado).
Depois do bandeijão, fomos para o famoso pedágio (que consiste em fazer de tudo - desde aceitar pedidos de casamento à dançar frevo - pra conseguir algumas moedinhas pra cervejada).
Depois de comprar uma coca-cola, enganar uns veteranos e ser zoada por um policial "Quanto mais você coça seu rosto pintado, mais vermelhinha você fica", eu resolvi começar minha caminhada rumo à Avenida São Carlos. No meio das 12 quadras que andei, 8 compunham uma ladeira. Fui zoada por veteranos "Olha, dá até vergonha de saber que estudam na federal, esse povo não toma nem banho, todos sujos" (isso na frente de um ponto de ônibus com mol pessoas vendo), levei banho da "piscina da civil" (que consistia em uma pickup com uma piscina de plástico armada na caçamba, de onde os veteranos passavam jogando água nos calouros) e finalmente, cheguei ao meu apê. E claro que, eu havia me esquecido que estava sem chave e que, uma cópia estava com a Raíssa e a outra na USP.
E lá vai a Liz pro Br Mania (onde a Raíssa fazia pedágio). Achei a Raíssa e no meio do caminho da volta dei de cara com a japonesinha veterana que, por força do destino estava com os kit bixos (camiseta do curso + caneca de alumínio de meio litro com gel que mantém a bebida gelada) e me vendeu um por 30 reais (não tem preço não ter que voltar pra facul na terça-feira só pra comprar esse kit e ainda receber mais trote). Ainda no meio do caminho, eu e Raíssa damos de topo com outro veterano do BCC (aquele que manteve uma conversa normal comigo, no meio do meu trote, no dia da matrícula) e ele acaba nos dando de graça (Sei lá eu se tinha que pagar, who cares? Afinal eu fiz pedágio - Mentira! Xiuuuu!) ingressos pra cervejada (pedago e bcc fazem cervejada juntos, porque o primeiro só tem mulher e o segundo só tem homem, salvo as exceções) que era na terça, e acabamos não indo devido a chegada repentina do eletrecista (no meio do nosso cochilo) - pelo menos agora, a cozinha está 110, não temos mais que usar fórfis e transformador e sim, nós temos microondas (Fico apavorada quando penso que um dia as pessoas tiveram de viver sem microondas, é horrível!).
Chegamos em casa exaustas, cada uma foi pro seu respectivo banheiro tirar toda a tinta do corpo em um mega-banho e por fim, capotamos de sono nos sofás (Estava passando "Do que as mulheres gostam" na sessão da tarde, mas não assistimos inteiro).
Acordamos a tempo de ver a Glau e o Edinho chegando com caras desesperadas, arrasadas e confusas (Cálculos da vida) e reclamando que os professores são uma mistura de Hide e Helder versão piorada, que ninguém entende nada, que aquilo não é matemática, que aprender a pensar é mais difícil do que decorar, e que tudo era mentira e devemos esquecer todos os anos de estudo na escola, começar do zero. Zero serão as notas, notas Habbibs (zero vírgula alguma coisa).
Tirando as tragédias, tem nossas aventuras gastronômicas e os caras do apê 73 que são 4 universitários e que, suspeitamos, tocaram nossa campainha e depois saíram correndo (Ou foram eles, ou foi o velhinho de bengala do 72). E ahhhh, o banheiro BEIGE ta vazando no apê de baixo (o 61), e eu, com certeza, já encontrei com a véia que mora nele no elevador (Chama o encanador! Que também é pintor, eletricista, pedreiro e genro da Maria Amélia - a proprietária do 71 e filha do ex-deputado-defunto).

Domingo voltamos pra Sanca e minhas aulas começam pra valer. Ainda estamos sem internet e sem telefone (Aquela merda da Telefônica é longeeeeeeeeeeeeeee pra caramba). Se der dou as caras numa lan e tento resumir os acontecimentos. O único problema é que os acontecimentos não param de acontecer e tá todo mundo ficando louco e babando. Alguém consegue me imaginar lavando um banheiro? Ou imaginar o Edson limpando o fogão? Ou a Gláucia não entendendo uma aula e dizendo "Odeio matemática"? Pois bem, imaginem.