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domingo, 25 de novembro de 2007

Primeiramente, como sempre, devo advertir que esse não é um post universitário, nem engraçado, nem pedido de desculpas, nem declaração de amor, nem nada. Ele é resultado do post abaixo, do passado negro que volta à tona e precisa ser explicado, não para o mundo, mas para mim mesma. Por isso, eu chamei a Liz de 2001/2002 e a Liz atual para um chat. Eu me chamo Liz e a outra, se chama John (eu nunca tive um apelido na vida que pegasse, os óculos redondos, o cabelo curto e uma manhã cantando Imagine me renderam esse apelido-de-um, porque durou apenas UM ano e apenas UM sujeito me chamava assim, para os que reconhecem, um dos meus amigos na época, o Molambo).

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Liz pede licença e entra na sala. John escancara a porta.
Liz está de calça jeans, camiseta rosa com o jim morrison e tênis adidas preto. John está de calça cargo (cheia de bolsos e com uma listra amarela lateral), camiseta do uniforme e tênis rainha systen interaction branco e azul.
Liz tem cabelo comprido, alguns fios brancos e 1,77. John tem cabelos curtos e castanhos por completo e 1,67.
Liz tem 18. John tem 13.

Liz: Eu sempre digo que se me encontrasse com 13 anos na rua, me espancaria.
John: Hmm tente. Eu sempre achei que nunca chegaria aos 15, detesto bailes de debutante, fui em algum?
Liz: Se recusou até o fim, mas acabou indo.
John: Gostei?
Liz: Não muito. Ainda detestamos roupa social e formalidades.
John: Sabia! E formatura, a do terceiro vai ser legal? Porque a da oitava promete ser uma grande merda!
Liz: A da oitava será uma grande merda e a do terceiro não existirá. Mas você irá numa formatura muito boa, que não será a sua.
John: Espero que a da faculdade seja boa...
Liz: Eu também! Mas não é pra isso que estamos aqui, conversando...
John: Ahh não? Eu só vim pra cá porque o nosso subconsciente disse que eu poderia matar a minha curiosidade. Tô fazendo faculdade do quê?
Liz: Ahnnn mais ou menos. Na verdade eu vim aqui esclarecer algumas dúvidas sobre mim mesma, aos 13. Quanto a faculdade, quando chegar a hora de decidir, você coloca o X no lugar certo .
John: Ahhh valeu por me deixar curiosa. Eu quero arquitetura mesmo, sempre quis!! Dúvidas sobre mim?
Liz: Yep! Dúvidas!
John: Ahnnn, que dúvidas?
Liz: Como você consegue ser amiga do maior nerd e mala da escola, da menina mais popular e disputada, de uma menina odiada pelo resto da turma, da gomes e da pires ao mesmo tempo?
Como você consegue amar e odiar tudo e todos com a mesma intensidade? Porque você vive usando preto? Porque você não acredita em Deus? Porque você é tão impulsiva e arrogante?
John: Auto lá. Você sou eu ou minha mãe?
Liz: Eu sou você aos 18 anos, como já expliquei.
John: Em primeiro lugar, eu sou ariana. Em segundo lugar, eu sempre tive amigos muito diferentes um dos outros, não sei porque. Talvez porque eu goste de cada um de um jeito diferente. Eu não odeio ninguém, às vezes eu me irrito com certas atitudes e fico enjoada de certas pessoas. Eu não sou arrogante. Não implique com as minhas roupas, eu não implico com as suas. E, por último, eu acredito em Deus, eu só não tenho religião e não acredito que Deus seja um cara barbudo, posso?
Liz: Desculpa. Eu só queria entender porque eu fiz tanta cagada, porque eu cuspi na minha melhor amiga ou, porque eu brigava tanto com todos...
John: Cara, eu não sou uma má pessoa... Eu só tenho 13 anos. E você só tem 18. Tipo, você já está meio velha - eu li cabelos brancos? arghhh merda de genética - mas não tem 50 anos, saca? Você tá mais chata assim porque já tem uns 5 anos a mais nas costas, como diria minha mãe, e umas 5 toneladas a mais de responsabilidades. E é por causa disso que eu não quero crescer! As pessoas não sacam que idade e responsabilidade aumentam juntas, na maioria dos casos. Anyway, juventude é um lance de cabeça e espírito, é o que os velhos malucos dizem e eu acredito.
Liz: E se daqui 5 anos eu olhar pra trás e ver o tanto de cagada que eu fiz e se eu me odiar mais ainda por ter sido tão babaca, tão tapada aos 18?
John: Cara, você que é a mais velha e ta me pedindo conselho? Eu não sou muito boa com isso não, mas, sei lá, relaxa! Me diz uma coisa, o que você aprendeu comigo?
Liz: A não cuspir nas pessoas!
John: Ha! Fala sério, pô!
Liz: Ahnnn... você foi o meu momento de rebeldia sem causa, de força desmedida, 100% o cara estranho que canta os Los Hermanos - que na sua época é a banda que canta Ana Júlia. Acho, não, tenho certeza, por causa de você prendi a pedir desculpa com muita facilidade, mesmo quando a culpa não era minha. Aprendi a me desculpar, é isso.
John: Wow!! Sabia que eu era importante. Então, respondendo a sua pergunta anterior, se daqui 5 anos você se der conta que foi idiota, vai se dar conta que se transformou em alguém menos idiota do que antes e vai ter aprendido alguma coisa. Alguma coisa que vai ser essencial pra fazer de você alguém melhor. Eu queria voltar aos meus 5 anos às vezes, ser tão alegre quanto antes...
Liz: Você é muito alegre, eu garanto. Eu também queria ter 5 anos, só pra me livrar das responsabilidades. Mas daí, eu perderia tanta coisa. Tanta coisa boa que aconteceu. Olha, a gente jamais pode voltar a ser quem um dia fomos. Eu acho que morremos um pouco a cada dia e, em algum momento, descobrimos que não somos nós mesmos no nosso próprio corpo. Nos transformamos em uma pessoa diferente.
John: Melhor ou pior?
Liz: Não sei. Você ainda vai aprender o que é maniqueísmo e vai descobrir que entre preto e branco, você acredita no cinza.
John: E se a gente fizer assim, sempre tentaremos levar o que foi bom para a próxima Liz que habitar esse corpo?
Liz: Eu acho que é essa a idéia! E, ô Liz!
John: Oi?
Liz: Continue cercada dos seus amigos. Você sabe os escolher, inconscientemente, mas sabe.
John: Ahhhhhhhhhh!! Eu sei disso. Sabe qual é o macete?
Liz: Sei! Quando você descobre que é capaz de amar uma pessoa, você a elege seu amigo, independente de erros e acertos. De passado ou futuro. Você, acredita, bota fé e jamais se deixa decepcionar. E como a gente consegue isso?
John: Você quer mesmo contar? Esse é o nosso segredo.
Liz: Foi um prazer falar com você!
John: Qualquer coisa é só chamar, eu sou parte de você, eu sou a sua parte jovial, impulsiva e com gigante capacidade pra pedir desculpa e consertar cagadas, como esquecer o niver da gomes!! Como você conseguiu esquecer o niver da minha melhor amiga?
Liz: Acontece, pô!! Valeu pela ajuda no pedido de desculpas! Me desculpa?
John: Eu me desculpo. Então, considere-se perdoada.
Liz: Thanks! Preciso ir, facul amanhã!! Tchau!
John: Se manda! Fui também!


CHAT ENCERRADO.

Me desculpa se eu esqueci o seu aniversário?

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Era um dia escuro e gelado, eu me lembro bem. Era o primeiro dia de aula nas Canossianas na sexta-série. Dia de rever os amigos recém-formados, feitos no ano anterior. Havia uma menina nova, uma menina que eu já havia avistado em outros tempos, tão branca quanto eu, magricela e mais alta do que os demais. Mariana Gomes Bombonato, a Gomes. Foi amizade à primeira vista, à primeira conversa. Foi rápido, intenso e chegou causando ciúmes, lembra?

Depois disso foram tardes de puro ócio jogando The Sims (klapaucius depositava 1000 Simeleons na conta e depois era só meter um monte de "!;!;!;!;!;!" pra poder consumir tudo que o jogo oferecia - quando a gente descobriu isso foi uma alegria) e entrando escondidas no meio da semana na internet (difícil é pensar que algum dia isso já nos foi proibido, não?). Depois de cada episódio de malhação (quando o casal era o Gui e a Nanda), a gente fazia o maior fuzuê ligando uma pra outra -eu, você e a pires- e todo final de mês, era a mesma ladainha das mães em decorrência das altas contas telefônicas.

Você viveu comigo os meus 2 anos de pura rebeldia. Meus dois anos de cabelo curto e desajuste social. Lembra da "pizza"? Do caos que nós causamos naquela escola? Você digitou cada palavra que eu disse e, além disso, imprimiu e pendurou aquele "manifesto de putaria" no mural da escola.
Lembra das nossas fugas das aulas de ensino religioso? E que depois todo mundo começou a aderir?
Lembra das nossas colas? Da sua borracha cor-de-rosa que no fim estava roxa?!

Aerosmith era a nossa trilha sonora diariamente. Just Push Play tinha acabado de ser lançado. E a gente cantava mal, não? Puuuutz, mas eu aprendi inglês desafinando! Porque, com a Edilaine não dava...
No entanto, a música que a gente perseguiu por meses, sem saber nome nem banda, foi "Miss you Love" do Silverchair e, a música que a gente ouviu na noite anterior a sua partida foi "Tomorrow" da Avril Lavigne.

Você estava do meu lado nos momentos de culpa, como quando pegaram eu e o Mau passando cola pra você e pra Ná e a gente levou aquele mega sermão da Jarbeli (e, no fim, descontaram apenas 0,5 ponto da "NOSSA" prova). Estava lá quando eu mandei a Dona Carmem tomar "naquelelugar".Também estava lá quando eu era a mais estúpida das criaturas, mesmo quando eu brigava com todo mundo, inclusive com você (eu cuspi na sua cara, lembra?).
Você estava do meu lado quando eu passava mal (depois descobri que era o leite) e quando a minha vó morreu. Você nunca deixou eu me perder ou me destruir na minha arrogância. Você me desarmava, me distraia, me deixava leve e jamais grudou em mim, jamais foi insuportável ou enjoativa.

Se isso não foi uma puuuuuuuuta de uma amizade, então eu não sei mais o que é ser amigo de alguém. Eu esperto ter estado do seu lado em, pelo menos, metade das vezes em que você esteve do meu.

Eu jamais poderei me esquecer da nossa amizade ou desses momentos. Nunca conseguiria me esquecer de você mas, peço encarecidamente, que você perdoe sua amiga universitária que anda cheia de provas e fazendo contagem regressiva para apenas uma data: férias.

No nosso último dia de aula, eu desci da escola a pé e não fui pra casa. Não sei se eu havia te contado isso, mas eu comprei um sunday de morango e fiquei vagando no lago, depois fui no apê da minha tia e, só então voltei pra casa.
Nós nos despedimos por telefone porque você me passou a perna e não me contou o horário do seu busão... Acho que nem você, nem eu, somos boas com despedidas.

Mas eu sou boa em pedir desculpas, como você pode ver, e esperar as chegadas. Afinal, o mundo me deu de presente você de volta. Nada mais, nada menos do que isso. Pô, saudade gigantesca de você.

Branquela (como é bom poder flar isso pra alguém além da minha imagem refletida no espelho), te amo. Volta logo e me perdoa.

Não é mais o meu vestibular

sábado, 17 de novembro de 2007

Ele se aproxima, com suas 7 cabeças e sua má fama. O bicho que decide quem vira bixo. O temido, terrível, abominável: VESTIBULAR.

Eu sou uma das bestas do apocalipse que caiu do terceirão direto em uma Federal. E, a maior "filha-da-putice" que eu cometerei nesse blog é dizer que "Eu não estudei". E é verdade (Não precisam me mandar praquele lugar).
Vocês sabem aonde eu estava na minha semana de revisão? Na praia (DETALHE: Eu mandava SMS's pros meus amigos na escola, com textos do tipo: Eu estou com os pés na areia, olhando pro mar e vocês na aula de matemática. Linda Segundona!)!
Eu sempre fui do tipo que não assistia à aula (tenho déficit de atenção e muito sono), não estudava pra maioria das matérias e quando o fazia, era algo do tipo "exercícios de física na aula de inglês". Outro problema: eu sempre fui uma tremenda tagarela (apesar que era difícil algum professor me chamar atenção - geralmente eu os contagiava com a minha tagarelice), portanto, se eu estava quieta em alguma aula, era porque eu estava dando uma estudada.
E, é claro, que eu gabaritava a maioria das provas. Uma verdadeira "dínamo" para os amigos. "Mito", para os professores. "Milagre divino" para a Mariana Pires. Por mim, apenas sortuda.
E, é óbvio, que isso vinha acompanhado de um EGO gigantesco e altamente elástico. Eu tinha uma vida mansa, vivia de havaianas nos pés (inclusive na escola, onde era "proibido"), tinha "mãetorista", dinheiro pro final de semana, tempo de ociosidade e amigos ao meu alcance.

O que aconteceu com a minha vida? A música dos mutantes "Ovelha negra" começou a tocar e, antes que meu pai me mandasse embora, eu passei no vestibular. Assim, no susto.

Eu só quero dizer aos vestibulandos que, passar ou não no vestibular, não mede a capacidade de ninguém. Às vezes, não encarar uma faculdade logo de cara é a melhor coisa, dá tempo de tirar a carteira de motorista, permanecer um pouco mais com os amigos, viajar pra outro país e, até mesmo, mudar os planos sobre o curso e a carreira. Dá tempo pra terminar o namoro antigo, começar outro, mudar totalmente a sua visão sobre drogas e aborto, fazer um curso técnico, aprender um outro idioma, trabalhar, ver o sofrimento dos seus amigos que foram pra faculdade, aproveitar as festas sem pensar em provas e aprender um bocado mais nas aulas de física e matemática (isso serve pros futuros exatóides), ou seja, como diriam as mães, tias e avós: Dá tempo pra amadurecer.
No fim, aquela história da tartaruga e do coelho do Saint Exupéry é bem verdade. A maioria da galera da facul já tem seus 20 anos. Por fim, vocês não vão contar para seus futuro-pseudo-filhos a "emoção" de prestar vestibular, ou o que vocês comeram durante a prova, ou o quão difícil ou fácil estava aquela questão. No meu caso, as únicas coisas que eu lembro são as palhaçadas que eu fiz no caminho para as provas, que eu previ o tema da unicamp e, é claro, a trilha sonora regada à Los Hermanos, recomendada pela minha amiga Bô, em especial a música "O Vencedor".
Se eu pudesse escrever um lema de vida, escreveria "Eu que já não quero mais, ser um vencedor, levo a vida devagar, pra não faltar amor".

Então, Liz recomenda que vocês criem uma trilha sonora para relaxar antes e depois da prova. Tentem recordar os bons momentos ao invés das fórmulas... Tirem 5 minutos para se concentrar e pedir, qualquer que seja a sua crença, boas energias durante a prova. Levem água e, por favor, utilizem o banheiro antes da prova. Levem alguma coisa pra comer (vocês terão mais fome depois da prova). Peguem aquelas sacolinhas que os colégios particulares oferecem. Não percam tempo saindo pra fumar, de preferência parem de fumar pra sempre.

Eu só passei porque vivia no ócio, foi castigo divino, acho que isso está ABSOLUTAMENTE claro!

Como diria o meu quiropraxista chinês "Lespila e Lelaxa". Eeeeeeeeeeeeeeeeeeee Boa Sorte! Vejo vocês no trote!

Vicente, o quinto Bota

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Primeiro foi o PC da Gláu que, misteriosamente pifou. Depois foi a porta que nos trancou dentro do nosso próprio apê (e não havia chave que conseguisse abrir). Por fim, meu pc começou a fazer um barulho estranho, recebemos várias ligações de anônimos procurando pelo senhor Vicente "Falecido" Botta e o chuveiro do banheiro Smurf (todo azul) simplesmente pegou fogo quando eu ia tomar banho... Detalhe: pegou fogo e apagou sozinho, eu só abri a torneira. Imaginem a minha cara de pânico olhando pro chuveiro, afinal, na minha cabeça pairava apenas uma pergunta: Eu apago o fogo e morro eletrecutada (porque o chuveiro estava em curto) ou eu não apago o fogo, não levo choque, não morro mas deixo tudo queimar? De todas as nossas dúvidas, uma já virou certeza, existem 5 moradores naquele apartamento, 4 encarnados e um desencarnado... Não é possível!


Como eu não ando muito inspirada pra escrever, o final do ano se aproxima (YEAH!!) e as provas finais também (uhuuu!), aí vai uma foto pra deixar o Herik com ciúmes:

Gláu e o sorvete de chocolate, uma vez que o Herik não gosta de sorvete de chocolate (deve ser alguma anomalia genética) e é namorado da Gláu, taí Herik, pegamos a Gláu no flagra!! Olha a carinha dela de "Meu amor, vou te comer todinho". DETALHE PARA A PEQUENA COLHER!



O vídeo abaixo, é de uma noite fria de estudos no apê dos Bota (note o bando de nerds da computação tentando explicar pra Pedagoga da rep algumas coisas sobre circuitos digitais e o código binário - e o Edson viajando na explicação, ai ai)





Eu volto em breve. Tô na minha semana do saco cheio. Cya!