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POKER

quinta-feira, 13 de março de 2008

Tudo começou com a previsão de uma quinta-feira estressante (quinta-feira da semana passada). Então, eu propus: "Vamos comer yaksoba?? Faz 1 ano que a gente mora do lado do China in BOX e ainda não fomos lá comer" e daí, eu completei com "a gente poderia comprar alguma coisa pra beber e jogar UNO". Vendo os moradores do apê dos Bota abrirem sorrisos e, de repente, no meio de uma confusão de gente falando, em menos de um segundo a gente ia comprar vodka e jogar poker. O yaksoba foi mantido!

Mas eu não sei jogar poker!! Bom, se você não sabe, a faculdade é o período certo da vida para se aprender. Mas, a gente vai apostar o quê?? Outra explosão de gente falando. As gêmeas se lamentam por não terem trazido dinheiro de banco imobiliário. Eu proponho sair pelo prédio pedindo emprestado um banco imobiliário. Gargalhadas. Outra explosão de idéias. O Edinho lembra que poker se joga com fichas! Eu então, na minha ingenuidade pra poker, proponho algo bem "BINGO DE VÓ": Feijões!! Mais gargalhadas. No fim, ficou decidido que, na manhã da tal quinta-feira, Edson e Gláu sairiam pra tentar encontrar fichas de poker (que os nossos pais jamais descubram que gastamos 25 reais em fichas de poker, 150 fichas de poker com aquele barulho peculiar de fichas de poker - o que foi uma pechincha!!).

Sai da facul 9:15 horas da noite, depois de uma prova (entenderam o porquê do stress?), e 9:30 eu estava no China in BOX. Ligo pras gêmeas e em 5 minutos estávamos as 3 (Gêmeas + eu) debatendo qual tipo de yaksoba iamos comprar. Optamos pelo clássico!! No meio disso a Karina reclama que "Ai que triste, os cozinheiros não são chineses de verdade" e a atendente fica espantada com o fato de as gêmeas "Já estarem na faculdade". Segundo a Karina "Acho que a gente devia ter enganado ela, fingindo que somos super-dotadas. A gente tem cara de 14, Gláu."

No apê, com nossos boxes de yaksoba, hashis e biscoitos da sorte, foi pura diversão. Eu, ensinando gêmeas e Edinho a utilizarem os "talheres" orientais (Não preciso dizer que eles demoraram um pouco pra comer...). Nada melhor do que FOTOS, para ilustrar o sublime momento.



Ok, ok! Estavámos jantados. Antes de começar a jogar um jogo de azar, nada melhor do que conferir a sorte. Então, abrimos nossos biscoitos chineses da sorte para ver qual seria a sorte da noite.

"A situação de uma nação se reflete no lar" - Liz (isso é indireta pra eu lavar louça e arrumar o quarto?)


"As folhas de uma árvore são muitas, mas a raiz é uma só" - Raíssa (profundo...)

"Você tem uma mente aberta e é socialmente ativo" - Gláu (se o biscoito diz, a gente acredita)


"Nenhum tecido é feito de um único fio" - Karina (esse deveria ter saído pra Raíssa, porque descobrimos que ela está tricotando escondida ahuauhahuahuauhhauhuaa)

"O que você vê é real; o que você ouve talvez não seja" - Edson (Sábio conselho pro poker)

Liz pega o iPod com uma playlist estilo "cassino" que começou com a Amy Winehouse cantando "Rehab" e as caixinhas de som. Baralho, fichas, bebidas e... como que joga? 4 pessoas falando ao mesmo tempo e eu com cara de "?". Depois de uma rodada demonstrativa e uma lista com as sequências importantes do poker o jogo começou. E eu comecei perdendo. O Edson (que não blefa! e teve um sábio conselho do bilhete chinês) ganhando. Gláu começou bem. Karina e Raíssa também. Quando eu estava quase indo pro brejo... HA!!! Eis que Liz dá a volta por cima num golpe emocionante. E a gritaria devia ser tanta que, mais uma vez, a vizinha debaixo ligou reclamando e dessa vez, não era o Seu Isaac na portaria pra nos acobertar (o mais sem noção, é que ela reclamou que estávamos arrastando móveis?! O.o Uma vez que estávamos sentados numa mesa jogando...). A Gláu deu All-Win (quando você aposta tudo o que tem e, ás vezes, o que não tem) e perdeu tudo pro Edson. Logo depois, a Raíssa caiu fora e ficou em último lugar na colocação porque, tanto ela, quanto a Gláu, estavam jogando com "empréstimo de fichas". A diferença é que a Gláu conseguiu pagar a dívida e ter um pequeno saldo positivo, enquanto a Rá ficou no vermelho mesmo.
Os 3 sobreviventes finais, eu, karina e edinho. Ficamos jogando até umas 3 e pouco da matina. No fim, o Edinho ganhou. Eu fiquei em segundo e a Kah em terceiro. Mas o jogo não terminou. Apenas ficou assim.

Fotos das bebidas da noite do poker:


Depois, quando nós 3 resolvemos dormir, já não estávamps tãaaao sãos assim. Eu desatei a rir porque a GLáu estava dormindo, literalmente, de calça jeans. A Karina desatou junto. O Edinho jura que viu tudo e a gente jura que nem viu ele. No dia seguinte: Ressaca .
E não digam que foi sorte de principiante porque na quarta-feira (dessa semana) a gente sentou pra jogar again e eu estava indo muito bem! Aliás, eu realmente cheguei a ganhar (HA!).

Bom, depois que eu descobri que o Bill Gates adorava jogar poker quando estava em Harvard, ninguém pode censurar 3 cientistas da computação por fazer o mesmo. Agora, eu não me responsabilizo pelas crianças educadas por uma pedagoga como a Raíssa e nem pelas estruturas de uma casa calculadas por uma eng. civil como a Karina - ambas jogadoras de poker.

"Eu não sou o Jeremias"

sexta-feira, 7 de março de 2008

Esse post deveria se chamar Poker NIGHT mas, só porque nós ficamos jogando poker até as 3 da matina, não significa que eu vou deixar de contar todos os outros acontecimentos dessa semana. Eu volto pra falar do Poker, com fotos.

Nossa semana começou punk. Domingo estávamos no apê, eu, Edinho e a nova moradora, a Karina (que parece morar aqui desde o começo) quando, 23:00 meu celular toca. "Quem é?" "A Thaís".
A Thaís estava sozinha no apê dela, porque a Joyce só iria aparecer por lá na segunda-feira. O pedido era simples, ela queria que eu fosse dormir com ela porque estava sozinha. Eu então, pedi pra ela vir pro nosso apê. Meia hora depois, estávamos os 4 assistindo "Gangues de Nova York" e fuçando nos respectivos facebooks.
Umas 2 horas depois nós fomos "dormir". A Thaís estava extremamente ansiosa com a nova condição de universitária e com o fato de pegar o busão sozinha. Minha aula só começava às 10 da matina e a dela às 8. À princípio ela queria que eu acordasse mais cedo e a levasse até o ponto de busão (não que eu seja uma vaca por não querer acordar um pouco mais cedo, mas na minha cabeça, ela tinha que fazer isso sozinha - no fim eu nem precisei acordar porque eu não dormi mesmo), eu falei que não e desenhei um mega-mapa pra ela. O resto da noite foi um epopéia... A Thaís passou mal e rolou na cama a noite inteira. Até ir pra cozinha estudar eu tentei.
Na manhã seguinte, ela tentou desistir de ir, tentou até pagar meu ônibus pra eu ir junto... Levei ela até o ponto de busão e 3 UFSCar passaram por nós. Ela foi no terceiro. Eu basicamente, de uma forma não muito delicada, "joguei" ela dentro do busão e falei "VAI!". Deu tudo certo no fim, e o universo conspirou praqueles busões todos no mesmo horário porque, talvez 15 minutos de espera a fariam desistir de ir ou me fariam ir com ela. Uma semana depois, ela já deve estar expert em pegar ônibus.

O resto da semana é pura diversão. A Gláu chegou na segunda de manhã e se deparou com uma Liz zumbi. A Rá chegou na terça, mas todo mundo só a encontrou bem à noite, com exceção de moi que dei de topo com ela na saída do bandeco.
Tivemos vários momentos de Liz invertendo os nomes das gêmeas (não que eu não saiba quem é quem, eu sei, mas meu cérebro da tilt) e um único, quando a Raíssa chegou no apê, apontou pra uma das gêmeas e disse "E você deve ser a Karina!!" e... NÃO ERA. Até na USP, pessoas da computação dizendo "Vai estudar Gláu" pra Karina e gente da civil falando com a Gláu.
Enquanto isso, na Federal, Liz Zorzo foi se aventurar com as humanas (créditos obrigatórios ¬¬). A carioquíssima professora de Sociologia basicamente me ignorou quando eu disse que fazia "computação" (e fez o mesmo com os outros veteranos de computação e com a veterana de estatística que virou minha parça nas aulas). Em compensação, só faltou soltar fogos pro menino gente boa que disse que fazia "música".
A sala gigante ficou dividida basicamente em:
NA FRENTE: os 60 alunos bixos de fisio
NO FUNDÃO: a meia dúzia de veteranos que não fazia fisio
E depois de me dizer que "eu ainda tinha tempo de mudar de curso" (mas tia, eu não quero passar fome e eu tô feliz aonde eu estou), convidar os alunos de fisio pra uma foto de jaleco e dizer que as pessoas de sociologia se reconhecem pelo o que vestem (o que inclui um muy estranho "colar de sociólogo") ela fez a chamada. 15 Alines depois e mais uma porção de nomes ela chama um tal de Jeremias que não responde. Sabe-se Deus lá porque, o bixão levantou a mão pra soltar a ilustre frase que é o título desse post "Professora, eu não sou o Jeremias". WTF?! Continuamos até chegar no meu nome e no da veterana da estatística. Adivinhem o nome dela (sim, porque até então eu não havia perguntado, o que é bem a minha cara)? MARIANA (desconfio que se eu fosse homem, eu com certeza namoraria alguma "Mariana" da vida, né Marianas?).
Enquanto eu estava nesse marasmo sociológico, meus amigos aplicavam uma aula trote nos bixões da computação, o que eu asseguro, foi hilária. Ainda mais porque, a coordenadora do curso, grande Sandra Abib, entrou na brincadeira também. Teve bixo pedindo arrego, chorando e querendo trancar a facul ou pedir transferência. Créditos pro Jander que permitiu a brincadeira e pro pseudo-Professor Daniel Sitnik. Essa aula trote vai virar tradição e lenda nas histórias da computação.

De volta ao apê, fizemos nossa bixete comprar sorvete pra gente (detalhe: ela pagando óbvio). Debatemos a existência de tartarugas carnívoras (o que, segundo a Gláu e um site em espanhol encontrato no Google, existem). Eu ensinei pra Karina, Gláu e pro Edinho que Goiania não fica em Minas Gerais (vejam o nível dos estudantes da XUSP huaahuhuauhahauhuauhaa brincadeira guys). E, enquanto Raíssa estava desmaiada de sono (pra variar), nós 4 entramos numa daquelas conversas noturnas que duram até as 3 da matina. Conversamos, relembramos nossos melhores momentos de 07, confessamos nossos pecados e momentos negros (que vão de altas bebedeiras até coisas que devem ser esquecidas pelo bem da nação) e, acima de tudo, rimos out and loud.

Foi uma semana incrível, que ainda nem terminou. Eu ainda volto, pra contar do Poker da quinta/sexta, dos biscoitos da sorte chineses, do yaksoba, da vizinha reclamando, da compra das fichas e de mais um pouco.