RSS

Crônicas dos Bota. A ponte, a bunda e o Fabicelli.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Faz uma semana que o pessoal da civil do caaso tá montando uma ponte na nossa cozinha. Sim, uma ponte de palitinhos de sorvete. Dizem eles, que hoje, depois de umas 2 semanas de cozinha sitiada, de livros e mais livros empilhados em cima de palitos pra que eles colem direitinho (inclusive os de cálculo e programação), essa ponte sai do papel, literalmente (porque até agora, o pedaço de ponte que eu vi, tá colado numa daquelas folhas frescurentas de engenharia civil). Se essa ponte realmente ficar de pé, eu tiro fotos e posto, promise you guys.
Eu só acho que essa ponte chegou atrasada uns 10 anos na minha infância... Imaginem o que eu poderia ter feito com uma ponte de madeira em miniatura e uns bonequinhos e carrinhos de lego? Provavelmente uma Legolândia numa mesinha, ligada a uma Lego City em outra mesinha... tudo na casa da minha vó, que tinha a maior sala do mundo e muitas mesinhas.
E, falando no pessoal da civil, eles também têm aula de programação (beeeem básico) mas, o vadio do professor, resolveu dar recursividade pros bixos da civil na prova (o que, não é, digamos assim, algo simples e normal pra uma turma de civil). E, nessa história toda, uma das amigas da Karina, que faz parte do "grupo da Ponte", resolveu explicar pra outra amiga da Karina, o que era recursividade. E eu, presa na metade da cozinha que não tem acesso à pia, estava só ouvindo a explicação quando, no meio de uma tentativa, ou atentado, de exemplo ouço "você sabe aquele cara? O Fabicelli (ler Fabitcheli)...". Durante o 1 segundo de reflexo cerebral, eu que estava esperando algum nome de algum gênio da programação penso "Who the hell is Fabicelli? Que complexo, nunca ouvi desse cara..." quando eu solto um "FIBONACCI!!" e pronto, quase tive uma parada respiratória de tanto rir, algo corriqueiro nos últimos meses.
Agora, pra nossa tremenda felicidade, as férias estão chegando, a eurocopa está acontecendo e, quando, infelizmente, as aulas voltarem, nós teremos olimpíadas (sim, somos muito viciados em esportes). E numa dessas da eurocopa, eu estava muito ansiosa pra chegar em casa e ver o jogão "Itália versus França" e, torcer pra minha Itália, escancarei a porta do apê e gritei "AZUUUURRA" e, quando me deparo, vejo Karina e 2 pessoas que, na hora eu não percebi, não moravam comigo!
Por fim, eu queria escrever muito mais, mas a tendinite não deixa, a história que deu início a semana, sobre a bunda... da Gláu (eu deixei passar o "me impere", mas a sua bunda... a sua bunda tinha que parar aqui).
Domingo passado, a Gláu, que foi na Igreja de Bike (é galera, fim do mundo chegando auhhuahauhauhuauhahau, segundo às nossas conversas das madrugadas, tem que ir na Igreja, ou no Centro Espírita, ou dar uma meditada, ou ir na ceita dos OVNIS, whatever...) e, largou a Karina dormindo (Karina não sera arrebatada, nem abduzida, nem salva, porque DORME ao invés de ir na Igreja - VAGAL).
Na volta, segundo palavras da própria Karina
"Eu estava bêbada de sono e ouvi a campainha tocar, mas neeeem levantei. Quando ouvi o chuveiro ligando, achei que fosse a Gláu tomando banho, de repente a Gláu aparece na minha frente só de calcinha me chamando..." e foi daí que a Gláu fez ela prometer que não iria rir e contou que caiu de bicicleta (e depois quer tirar carta de motorista?), só que a Ká, por sua vez, não vendo nenhuma machucado, resolveu perguntar "Mas você se machucou?" e, é aí que, a Gláu se vira e, a Karina vê um corte atravessando tooooooooooooda a bunda da Gláu, formando uma cruz. E bom, a Gláu conseguiu estragar a calça e a Karina só começou a rir quando acordou e se deparou colocando gaze na bunda da irmã... um momento bem íntimo entre gêmeas.

Se eu ainda colocasse marcadores nos posts, esse iria para o "Coisas que só acontecem com a gente". Provas acabando, férias chegando... depois a gente volta. Byes!

PS: Olha os nossos vizinhos no décimo terceiro andar no mural!! A gente dá uma subidinha aí depois!! Thks!

Bring us back

quinta-feira, 5 de junho de 2008

A USP entrou em recesso na semana passada, para dar lugar a pseudo-discussões (pseudo porque, pelo menos aqui em Sanca, não teve porcaria nenhuma sobre os rumos da universidade e, com isso, Edinho, Gláu e Karina se mandaram pra ararasville pra aproveitar os 11 dias de folga (sim, emendou com o feriado).
Enquanto isso, na Federal, aula normal, mas eu não fui. Não que eu tenha revoltado ou ficado com inveja do feriadão dos coleguinhas é que, simplesmente, a minha equipe, Ondine.NET foi finalista nacional da Imagine Cup na categoria Design de Software e, com isso, ficamos hospedados em um maravilhoso resort, próximo a Sampa. Não ganhamos, mas valeu a experiência, os contatos, as amizades (principalmente a dos pernambucanos), o Joe Wilson (coordenador mundial do programa acadêmico da Microsoft e simpatia em pessoa), a comida maravilhuonderful e o sotaque de pérrrrrnambuco que eu ganhei momentaneamente.

Enquanto eu não posto as fotos no flickr, fiquem com o vídeo que o Paulo fez com as fotos da nossa viagem.

Quando essa semana começou, nós achávamos que, tudo estava prestes a retornar a normalidade (somado algum stress devido às provas finais). Mas baby, que semana foi essa?
Na segunda-feira, quando eu cheguei em Sanca, a primeira notícia que recebi foi que a casa da Raíssa, em ararasville, havia sido assaltada de manhã e que ela (que não tem aula de segunda), as irmãs e a mãe foram feitas reféns. Passado o susto, o medo, a total sensação de ausência de segurança (essa vai demorar um pouco mais pra passar) e as perdas materiais, elas saíram ilesas do assalto.
Na terça, começou a universidade aberta na Federal, eu encontrei o pessoal do atual terceirão do COC de ararasville e, bem a noitinha, eu e a galera assistimos "Toma lá da cá" e, em seguida, o especial do "Profissão repórter" sobre transplantes de coração. Sabe quando você vai dormir com uma sensação estranha? Pois bem, acho que nós todos fomos dormir mais ou menos assim.
Na quarta, que amanheceu chuvosa e cinzenta, eu fiquei a tarde toda na universidade aberta conversando com a Dani (que também é de ararasville), que faz letras e, posteriormente, fomos andar de trenzinho (momento infância).
À noite, teve gente surtanto no meu msn e me deixando maluquinha.
Quinta-feira foi o apogeu. Um amigo das gêmeas, de 19 anos e, aparentemente saudável, faleceu de manhã, após um infarto fulminante. A Gláu ficou tão desnorteada que acabou se perdendo no caminho pra auto-escola (se perdeu mesmo), caminho esse o qual ela já havia feito pelo menos 3 vezes nessa semana. Eu só fui dar as caras na facul à noite (matei inglês) para uma reunião (para decidirmos o futuro do nosso software, afinal, depois de sairmos na primeira página do jornal de Sanca, dar entrevista para o EPTV e para um jornal de Recife e sermos procurados por uma prefeitura de MG, alguma coisa tem de ser feita) e, mais tarde, recebi uma daquelas ligações de mãe "só para saber como você está".
Na sexta eu me mandei pra casa de carona e, acabei descobrindo que no dia anterior, minha mãe ficou agachada, no meio de um tiroteio entre bandidos e policiais, em ararasville.

Acho que o post ficou estranho, com cara de notícia de jornal mas, quando todas as coisas que você acredita que só acontecem com os seus vizinhos, resolvem acontecer com você e seus amigos, todas de uma vez (interessante que ninguém ganhou na mega-sena ainda), fatos como a vizinha do andar debaixo ter ligado pra reclamar do barulho, o corinthians ter ganhado e a Karina ter um trabalho na facul que constitui em construir uma ponte com palitos de sorvete (e ver ela quebrar a cabeça nisso é, no mínimo interessante), perdem completamente o sentido (principalmete o corinthians ter ganhado, qual o sentido disso?), a graça e a importância.
Nem a Raquel, nossa faxineira, apareceu essa semana. O apartamento tá meio mess, parece que um furacão passou por ele e, a sensação interior de cada um é exatamente a mesma.

Nunca pensei que fosse dizer isso, também nunca pensei que essas coisas fossem acntecer com a gente mas, espero que semana que vem seja plenamente normal, com aulas chatas e provas. Amém.