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Sobre o que os Bota conversam

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Aviso que não, essa história não foi gravada e sim, ela é contada sob o meu não-imparcial ponto de vista. Mas eu juro, que tudo o que está escrito aqui, foi dito, de fato.


"Meu Deus. Eu não posso deixar os membros dessa república 20 minutos sozinhos (o tempo aproximado de um episódio de “The Big Bang Theory”) e eles já estão falando de moléculas, graus celsius (isso depois de debater sobre tubarões super-inteligentes) e, a Raíssa acabou de puxar algo sobre “civilizações perdidas”. Eu confesso que, não menos culpada, eu estou lendo sobre constelações e mitologias na wikipedia.

A Gláu acabou de dizer algo sobre “pessoas normais como nós” e eu desatei a rir porque isso está beeeem longe de ser uma conversa normal (eu rindo e o Edinho e a Gláu rindo de mim – eles não fazem idéia que eu estou ouvindo a conversa toda e pior, redigindo ao meu bel prazer – risada maligna). A Raíssa começou a falar de uma suposta tribo que, teria originado os maias, incas e astecas (e eu lendo sobre mitologia maia), ainda existe e está vivendo na Amazônia.

Agora a Gláu voltou pra uma conversa normal sobre o clima de São Carlos ser semelhante ao de Campos do Jordão, algo que ela ouviu de uma velhinha no elevador. Tudo isso pra falar da neblina bizarra que aparece aqui em Sanca de vez em sempre, e que parece uma barreira de fumaça gélida e densa, que embaça toda a nossa vista da cidade. Pronto, agora a Gláu ta contando de quando ela morava em Monte Verde, e achou o que ela chamou de “uma caveira” de cavalo... e que ela e a Ká, desenterraram e lavaram os ossos. O suposto crânio do cavalo foi pendurado numa bica de água, batizada de “Bica da caveira” e, além disso, uma vez ela jura que ela e a gêmea ouviram índios. Sabe história de acampamento? Aquelas que se contam ao redor de fogueiras? Então, exatamente isso. Silêncio. Agora acabei de ouvir algo como “Eu e a Karina fazíamos guerra de cocô de cabra” seguido de “Era muito legal”, enquanto a Raíssa completou com algo sobre algumas pessoas do Rio Grande do Sul terem como tradição uma guerra de cocô de cavalo. Que rumo essa conversa está tomando? Enquanto isso, a pessoa mais sensata desse lugar, a Karina, como uma nerd comum, estava na USP estudando e, acabou de chegar. O que será de nós agora?

Rá “Já imaginou aquelas pessoas que moram no Saara? E andam de Camelo?” e o Edinho “Ai credo, lá é muito quente” e elas “e à noite faz muito frio” e a Raíssa arremeta com “os vários climas e as diferentes resistências humanas”, enquanto a Liz, discretamente diz “Profundo!”. Depois dessa, me unirei a eles. Fim do relato. Câmbio, desligo."



No fim, após alegar pra mim mesma insanidade temporária dos meu amigos, acabei por descobrir que minhas roommates são verdadeiras guerreiras de bosta além de, já terem desenterrado, lavado e transformado em decoração um esqueleto inteiro de cavalo (será que era mesmo um cavalo, tenho lá minhas dúvidas).


Não, eu juro que isso não é culpa de termos ficado sem internet durante toda a quarta-feira (culpa do Speedy, pra variar) - o que resultou em nós jogando poker - ou da nossa sessão de cinema na madrugada, com muita pipoca e o filme cômico e totalmente viajado (a cara dos Bota) STARDUST (Robert De Niro gay, impagável). Nós, definitamente, somos assim, meio maluquinhos, e o nosso apê também o é, uma vez que essa semana me trancou pra fora com um pacote de 12 rolos de papel higiênico e uma coca-cola na mão e resolveu fazer a supostamente queimada luz do banheiro do Edson e da Raíssa acender, mesmo que isso cause um cheiro horrível de queimado.



Eu volto com a vida dos Bota, depois do dia das mães, aliás, parabéns pra elas que nos colocaram no mundo!!! Convencimento, dores de parto e brincadeiras à parte, amamos vocês mães!! Beijos pras mães!