Ele se aproxima, com suas 7 cabeças e sua má fama. O bicho que decide quem vira bixo. O temido, terrível, abominável: VESTIBULAR.
Eu sou uma das bestas do apocalipse que caiu do terceirão direto em uma Federal. E, a maior "filha-da-putice" que eu cometerei nesse blog é dizer que "Eu não estudei". E é verdade (Não precisam me mandar praquele lugar).
Vocês sabem aonde eu estava na minha semana de revisão? Na praia (DETALHE: Eu mandava SMS's pros meus amigos na escola, com textos do tipo: Eu estou com os pés na areia, olhando pro mar e vocês na aula de matemática. Linda Segundona!)!
Eu sempre fui do tipo que não assistia à aula (tenho déficit de atenção e muito sono), não estudava pra maioria das matérias e quando o fazia, era algo do tipo "exercícios de física na aula de inglês". Outro problema: eu sempre fui uma tremenda tagarela (apesar que era difícil algum professor me chamar atenção - geralmente eu os contagiava com a minha tagarelice), portanto, se eu estava quieta em alguma aula, era porque eu estava dando uma estudada.
E, é claro, que eu gabaritava a maioria das provas. Uma verdadeira "dínamo" para os amigos. "Mito", para os professores. "Milagre divino" para a Mariana Pires. Por mim, apenas sortuda.
E, é óbvio, que isso vinha acompanhado de um EGO gigantesco e altamente elástico. Eu tinha uma vida mansa, vivia de havaianas nos pés (inclusive na escola, onde era "proibido"), tinha "mãetorista", dinheiro pro final de semana, tempo de ociosidade e amigos ao meu alcance.
O que aconteceu com a minha vida? A música dos mutantes "Ovelha negra" começou a tocar e, antes que meu pai me mandasse embora, eu passei no vestibular. Assim, no susto.
Eu só quero dizer aos vestibulandos que, passar ou não no vestibular, não mede a capacidade de ninguém. Às vezes, não encarar uma faculdade logo de cara é a melhor coisa, dá tempo de tirar a carteira de motorista, permanecer um pouco mais com os amigos, viajar pra outro país e, até mesmo, mudar os planos sobre o curso e a carreira. Dá tempo pra terminar o namoro antigo, começar outro, mudar totalmente a sua visão sobre drogas e aborto, fazer um curso técnico, aprender um outro idioma, trabalhar, ver o sofrimento dos seus amigos que foram pra faculdade, aproveitar as festas sem pensar em provas e aprender um bocado mais nas aulas de física e matemática (isso serve pros futuros exatóides), ou seja, como diriam as mães, tias e avós: Dá tempo pra amadurecer.
No fim, aquela história da tartaruga e do coelho do Saint Exupéry é bem verdade. A maioria da galera da facul já tem seus 20 anos. Por fim, vocês não vão contar para seus futuro-pseudo-filhos a "emoção" de prestar vestibular, ou o que vocês comeram durante a prova, ou o quão difícil ou fácil estava aquela questão. No meu caso, as únicas coisas que eu lembro são as palhaçadas que eu fiz no caminho para as provas, que eu previ o tema da unicamp e, é claro, a trilha sonora regada à Los Hermanos, recomendada pela minha amiga Bô, em especial a música "O Vencedor".
Se eu pudesse escrever um lema de vida, escreveria "Eu que já não quero mais, ser um vencedor, levo a vida devagar, pra não faltar amor".
Então, Liz recomenda que vocês criem uma trilha sonora para relaxar antes e depois da prova. Tentem recordar os bons momentos ao invés das fórmulas... Tirem 5 minutos para se concentrar e pedir, qualquer que seja a sua crença, boas energias durante a prova. Levem água e, por favor, utilizem o banheiro antes da prova. Levem alguma coisa pra comer (vocês terão mais fome depois da prova). Peguem aquelas sacolinhas que os colégios particulares oferecem. Não percam tempo saindo pra fumar, de preferência parem de fumar pra sempre.
Eu só passei porque vivia no ócio, foi castigo divino, acho que isso está ABSOLUTAMENTE claro!
Como diria o meu quiropraxista chinês "Lespila e Lelaxa". Eeeeeeeeeeeeeeeeeeee Boa Sorte! Vejo vocês no trote!
Não é mais o meu vestibular
sábado, 17 de novembro de 2007
Postado por liz às 21:32