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OS BOTA

sábado, 24 de março de 2007

República OS BOTA fora - somos quase 5, porque um já foi pros quinto.
Esse é o nome permanente-provisório da rep. Porque afinal de contas, nós já fomos botados pra fora de outros apês, do nosso PRÓPRIO apê (quando a maçaneta resolve que quer cair, quando a porta resolve que não quer abrir) e convivemos com o quinto elemento, que desconfiamos, ser o motivo das coisas terem vontade própria no tal do 71, o ex-deputado, senhor Vicente Bota (as contas continuam vindo em nome dele, mesmo depois de morto, pena que defunto não paga conta).
Pra quem vier pro apê, sim, tem que trazer colchão. O apê é muito localizável no sétimo andar, é um que tem uma foto-quadro de uma menina na porta de entrada (que é a foto da neta do Bota, uma homenagem ao quinto elemento, quem sabe agora, ele não resolve deixar a gente entrar). É fato que a rep dos Bota está tendo problemas com os vizinhos do 61.
Antes e até o presente momento porque nosso apê estava vazando no apê de baixo, e agora porque, bom, porque, vejam só vocês, a gente apagou as luzes e ligou o som um pouquinho alto (e era beeeem antes das 10 da noite) e ficamos cantando, dançando e mexendo com quem passava na rua... coisa de universitário com tédio, que mal há? Talvez seja verdade que estávamos um pouco alterados, mas a culpa não é das drogas, nem das bebidas alcoólicas, a culpa é de felicicade e harmonia em excesso e da INCA KOLA. Sim, INCA KOLA - El sabor del Peru - um refrigerante peruano que aparenta ser xixi, tem um gosto de chiclete e é à base de ervas (ervas como a erva cidreira tá?). É fato que o treco é delicioso e viciante e que a Coca-cola, por causa da Inca-Kola estava falindo no Peru (Problema resolvido, a Coca comprou a Inca).
A verdade é que nos divertimos muito, dançando coisas bizarras, desde "I will survive" (com direito a cobertor se passando por capa de gliter) e "Thriller" até Shakira "Hips don't lie" e a velha música da Gasolina, cantada em espanhol e com explicações de "Como se dança ISSO no Peru" by Raíssa (aliás, se dança dando mega-encoxadas, música muito promíscua crianças, não dancem isso em casa).
Estava tudo muito bom quando o interfone tocou. E claro que, pra variar, eu, Glau e Raíssa saímos correndo para os quartos e deixamos o Edson (homem da casa tem de servir pra alguma coisa) sozinho pra atender ao Seu Isaac (nosso porteiro gente-finérrima).
A véia do 61 ligou 3 vezes na portaria (o seu Isaac a ignorou por completo nas primeiras 2 vezes), mas a "chata-de-galocha" (palavras do Seu Isaac) não parou de atormentar.
Desligamos o som, a festa acabou e fomos ver TV.
Me pergunto: Será que estávamos fazendo tanto barulho assim? Bom, quando a Raíssa desceu até o orelhão pra ligar pra-não-sei-quem, eu e Glau gritávamos na janela e fazíamos gestos "YOU (apontamos a Rá)! Doing that thing you do (e daí eram só firulas e estripulias)", mas acho que ela não gostou da brincadeira que fizemos (antes de darmos nossa festa private) com as filhas dela (A véia é tão velha, que eu jurava que eram netas - igualmente chatas, segundo o Seu Isaac). Alguém se lembra da barata do Edson? Aquela que a Tetê (Teresa, inspetora do COC) confiscou? Pra quem não se lembra ou nunca viu, tem uma foto dela postada logo à baixo.
Então, o que a gente fez foi... engraçado. Acontece que a gente viu as 2 meninas comendo uma caixa de Sem-Párar (imitação do BIS) na janela, descemos um bilhetinho por uma linha até a janela do 61, onde se lia: Manda um Sem Párar pra cima. Sabe qual foi a resposta? Um belo de um gesto obsceno (famoso dedo do meio - bad finger- meninas má educadas). Então, pegamos a mesma linha do bilhete e amarramos a barata. Os gritos foram hilários e sucessivos (as 3 vezes que descemos a barata elas gritaram - além de histéricas são, como diria a Raíssa: Burrrrrrrrrrras).
E foi assim, que nossa implicância com o 61 começou. Apesar que quando a véia chegou ao apê, uma das meninas gritou: Minha mãe chegou, vamos ter que párar de brincar. Brincar?! Ok então.
No dia seguinte, eu e a Rá encontramos um dos futuro-médicos no elevador. O nome dele é Felipe (eu sempre falo Fábio, sei lá. Dr. Fábio soa melhor), e a primeira coisa que ele disse foi: Quando vocês vão dar uma festa pra gente (os futuros-médicos) conhecermos vocês?
E logo em seguida contou que, uma vez, a Rep. deles deu uma festa até às 4 da matina, e depois tiveram de pagar 300 paus de multa ao condomínio (mas não falava nada de festas no contrato, só de bingo e jogos de azar...). Portanto, os primeiros 30 convidados da nossa festa devem: Trazer colchão e 20 paus, 10 pra bebida e 10 pra futura multa.
Vamos ver como a véia do 61 se comporta, se ela continuar a pegar nos nossos pés, além da gente abrir todas as torneiras do banheiro (maldade que fizemos na segunda-feira, afinal, eram 8 horas da noite e estávamos no nosso direito) pra vazar muito no dela, vamos mandar o véio Bota assombrar o apê de baixo.
Tá bom, prometemos nos comportar (têm pais lendo isso). Ahhh falando em barulho, por quê ninguém reclama do barulho do 72? Que desde que os interditados se mudaram está em reforma e faz barulho a tarde toda?! Só reclamam de nós, porque somos universitários, jovens e saudáveis (Virou pré-requisito ser velho, caquético, enrugado e adepto de Alzheimer ou Parkinson pra morar nos prédios do centro de Sanca). Puro preconceito!