República OS BOTA fora - somos quase 5, porque um já foi pros quinto.
Esse é o nome permanente-provisório da rep. Porque afinal de contas, nós já fomos botados pra fora de outros apês, do nosso PRÓPRIO apê (quando a maçaneta resolve que quer cair, quando a porta resolve que não quer abrir) e convivemos com o quinto elemento, que desconfiamos, ser o motivo das coisas terem vontade própria no tal do 71, o ex-deputado, senhor Vicente Bota (as contas continuam vindo em nome dele, mesmo depois de morto, pena que defunto não paga conta).
Pra quem vier pro apê, sim, tem que trazer colchão. O apê é muito localizável no sétimo andar, é um que tem uma foto-quadro de uma menina na porta de entrada (que é a foto da neta do Bota, uma homenagem ao quinto elemento, quem sabe agora, ele não resolve deixar a gente entrar). É fato que a rep dos Bota está tendo problemas com os vizinhos do 61.
Antes e até o presente momento porque nosso apê estava vazando no apê de baixo, e agora porque, bom, porque, vejam só vocês, a gente apagou as luzes e ligou o som um pouquinho alto (e era beeeem antes das 10 da noite) e ficamos cantando, dançando e mexendo com quem passava na rua... coisa de universitário com tédio, que mal há? Talvez seja verdade que estávamos um pouco alterados, mas a culpa não é das drogas, nem das bebidas alcoólicas, a culpa é de felicicade e harmonia em excesso e da INCA KOLA. Sim, INCA KOLA - El sabor del Peru - um refrigerante peruano que aparenta ser xixi, tem um gosto de chiclete e é à base de ervas (ervas como a erva cidreira tá?). É fato que o treco é delicioso e viciante e que a Coca-cola, por causa da Inca-Kola estava falindo no Peru (Problema resolvido, a Coca comprou a Inca).
A verdade é que nos divertimos muito, dançando coisas bizarras, desde "I will survive" (com direito a cobertor se passando por capa de gliter) e "Thriller" até Shakira "Hips don't lie" e a velha música da Gasolina, cantada em espanhol e com explicações de "Como se dança ISSO no Peru" by Raíssa (aliás, se dança dando mega-encoxadas, música muito promíscua crianças, não dancem isso em casa).
Estava tudo muito bom quando o interfone tocou. E claro que, pra variar, eu, Glau e Raíssa saímos correndo para os quartos e deixamos o Edson (homem da casa tem de servir pra alguma coisa) sozinho pra atender ao Seu Isaac (nosso porteiro gente-finérrima).
A véia do 61 ligou 3 vezes na portaria (o seu Isaac a ignorou por completo nas primeiras 2 vezes), mas a "chata-de-galocha" (palavras do Seu Isaac) não parou de atormentar.
Desligamos o som, a festa acabou e fomos ver TV.
Me pergunto: Será que estávamos fazendo tanto barulho assim? Bom, quando a Raíssa desceu até o orelhão pra ligar pra-não-sei-quem, eu e Glau gritávamos na janela e fazíamos gestos "YOU (apontamos a Rá)! Doing that thing you do (e daí eram só firulas e estripulias)", mas acho que ela não gostou da brincadeira que fizemos (antes de darmos nossa festa private) com as filhas dela (A véia é tão velha, que eu jurava que eram netas - igualmente chatas, segundo o Seu Isaac). Alguém se lembra da barata do Edson? Aquela que a Tetê (Teresa, inspetora do COC) confiscou? Pra quem não se lembra ou nunca viu, tem uma foto dela postada logo à baixo.
Então, o que a gente fez foi... engraçado. Acontece que a gente viu as 2 meninas comendo uma caixa de Sem-Párar (imitação do BIS) na janela, descemos um bilhetinho por uma linha até a janela do 61, onde se lia: Manda um Sem Párar pra cima. Sabe qual foi a resposta? Um belo de um gesto obsceno (famoso dedo do meio - bad finger- meninas má educadas). Então, pegamos a mesma linha do bilhete e amarramos a barata. Os gritos foram hilários e sucessivos (as 3 vezes que descemos a barata elas gritaram - além de histéricas são, como diria a Raíssa: Burrrrrrrrrrras).
E foi assim, que nossa implicância com o 61 começou. Apesar que quando a véia chegou ao apê, uma das meninas gritou: Minha mãe chegou, vamos ter que párar de brincar. Brincar?! Ok então.
No dia seguinte, eu e a Rá encontramos um dos futuro-médicos no elevador. O nome dele é Felipe (eu sempre falo Fábio, sei lá. Dr. Fábio soa melhor), e a primeira coisa que ele disse foi: Quando vocês vão dar uma festa pra gente (os futuros-médicos) conhecermos vocês?
E logo em seguida contou que, uma vez, a Rep. deles deu uma festa até às 4 da matina, e depois tiveram de pagar 300 paus de multa ao condomínio (mas não falava nada de festas no contrato, só de bingo e jogos de azar...). Portanto, os primeiros 30 convidados da nossa festa devem: Trazer colchão e 20 paus, 10 pra bebida e 10 pra futura multa.
Vamos ver como a véia do 61 se comporta, se ela continuar a pegar nos nossos pés, além da gente abrir todas as torneiras do banheiro (maldade que fizemos na segunda-feira, afinal, eram 8 horas da noite e estávamos no nosso direito) pra vazar muito no dela, vamos mandar o véio Bota assombrar o apê de baixo.
Tá bom, prometemos nos comportar (têm pais lendo isso). Ahhh falando em barulho, por quê ninguém reclama do barulho do 72? Que desde que os interditados se mudaram está em reforma e faz barulho a tarde toda?! Só reclamam de nós, porque somos universitários, jovens e saudáveis (Virou pré-requisito ser velho, caquético, enrugado e adepto de Alzheimer ou Parkinson pra morar nos prédios do centro de Sanca). Puro preconceito!
OS BOTA
sábado, 24 de março de 2007
Postado por liz às 09:27
Da série FOTOS
sexta-feira, 23 de março de 2007
Antes que me matem, fotos:
E quem não se lembra dela? A barata do Edson. Atualmente pendurada na parede da sala e utilizada pra assustar as vizinhas do apê de baixo.
Limão
sábado, 17 de março de 2007
Dim-dom (pseudo-onomatopéia universal para campainhas). Edson abre a porta.
- Oi, nós somos seus vizinhos, tudo bom? Tem limão para nos emprestar?
E foi assim que tudo terminou. Sim, terminou, porque o dia em que de fato conhecemos nossos vizinhos (quarta-feira à noite), foi também o último dia deles no edifício rosa de prata (a véia proprietária quis o apê de volta).
E terminou bem, terminou com caipirinha, licor de kiwi e jogo de futebol (não tão bem assim, o Corinthians ganhou - pra felicidade do Edson - e descontentamento meu, da glau e dos vizinhos).
E também terminou com a Liz ganhando um presente do Vítor (veterano do BCC da UFSCar e ex-vizinho): uma pilha de relatórios de física prontos e com boas notas azuis.
A Raíssa resolveu bancar a bela-adormecida e, simplismente, estava desmaiada no quarto ( e de porta trancada). Apagou, capotou de sono e no dia seguinte lamentou não ter acordado.
Apesar de não ter conhecido os vizinhos do 73, a dorminhoca levou um lero com um dos futuros-médicos do 61 (essa semana começaremos a manter contato) e ainda tem os do 81 (que nunca vimos as fuças) e vamos descobrir mais repúblicas nesse prédio.
E sim, precisamos de um nome pra nossa rep., uma vez que a dos vizinhos se chama "Interditada", República Interditada (eu, glau e edson entendemos perfeitamento o porquê do nome - vocês precisavam ver a cozinha dos caras - a Glau quando estava de saída e viu a cozinha, exclamou, sem querer: Que bagunça!). Alguma sugestão de nome? Aguardo no mural, orkut, msn, sms, etc, etc, etc... (Vai Loira, você que está fazendo publicidade e propaganda, tem que nos ajudar com o marketing e o nome).
Falando em cozinha, nós não andamos frequentando muito a nossa, estamos sobrevivendo de bandeijão e delivery (no máximo fazemos hot dog, miojo, pipoca e café-da-manhã).
Quarta pedimos um lanche do "Quase 2", aliás, antes de fazermos o pedido do lanche, ele chegou. Sim, estávamos eu e Glau esperando o elevador (porque estamos sem telefone e precisamos ir até o orelhão ligar pro delivery) quando abrimos a porta e... Um pacotão, exalando um cheiro maravilhoso (cheiro-de-fome), com 2 lanches enormes, aparece bem na nossa frente. Não, o delivery ainda não atende à pensamento, o lanche ero do décimo terceiro andar e parou no sétimo por engano.
Pedimos o tal lanche, chegou super-rápido e agora entendemos o nome da lanchonete: Quase 2 LANCHES (porque o lanche é enorme, muito recheado, são praticamente 2 lanches mesmo e não existe lanchonete ou carrinho de lanche em Araras que se compare ao "Quase 2").
E essa é pra Natássia, Naty, tive palestra com o GAIA (Grupo Ambiental Ipê Amarelo) sobre o uso das canecas dentro da universidade (Tanto na UFSCar, quanto na USP, usamos canecas pra tudo, desde beber água nos bebedouros e suco no bandeijão, até mesmo pedir sorvete na caneca - ao invés do copinho ou da casquinha - nas sorveterias), evitando assim o uso de copos plásticos. E bom, o palestrante era RUSSO. Ou melhor, filho de uma russa, e tinha um sotaque pesadíssimo e engraçado, e adorava falar "etecétera". E não Naty, ele não era bonito igual aos tenistas russos (vai ver o pai dele é brasileiro e ele puxou ao pai).
Pra terminar a semana, pela primeira vez na vida estou me sentindo muito burra e incapaz de enteder o que um professor fala, como se ele estivesse falando grego. E a aula é cálculo 1, e como se não bastasse, o professor não fala grego, mas é chileno, e fala um português horrível que às vezes se mistura com um espanhol ultra veloz (alguém aí tecla SAP que eu não to entendendo NADA!!) .
Estamos todos bem e vivos, a maçaneta da porta continua caindo e a Glau e o Edson acharam um quadro com uma foto de uma menina no apê (neta do véio Botta, será?) e um chapéu da Oktoberfest que está pendurado na parede da sala.
Já temos chapéu e canecas, falta a breja e a galera, e então, quando vocês vêm?
Postado por liz às 13:52
Diretamente de Sanca
segunda-feira, 12 de março de 2007
Segunda-feira, 7 e meia da matina. Você abre a porta e está prestes a sair do apê quando olha pro tapete, e lá está uma carta (carta? Digo, pedaço de papel) onde se lê: "Xuuupa mulherada! Qual curso vocês estão fazendo e onde?"
Esses são nossos vizinhos, 4 universitários, e é só isso que sabemos. Tudo começou com um XIUUU gritado às 9 da noite, uma campainha tocada e... ninguém. Tocar a campainha e sair correndo era algo que eu fazia quando tinha unssss 7 anos, mas não estranhem, universitários constantemente expostos ao seus respectivos cursos tendem a sofrer uma infantilização cômica.
E desde aquela campainha estamos trocando correspondencia com nossos amados vizinhos veteranos. Já nos encontramos com eles no elevador mas... continuamos fingindo que nada acontece.
Descobri que não tenho aulas segundas à tarde e terças de manhã (o que significa que poderei assistir tela quente toda segunda e ir dormir tardão). Já arranjei umas caronas. Já vi uma iguana, vulgo lagarto, correndo no meio do mato da ufscar e, finalmente, conheci o famoso (e detestável) stake de frango do bandeijão (que segundo a Raíssa parece polenta, e se você comer pensando que é polenta fica mais gostoso), o que importa é que nós fizemos nossa boa ação do dia doando o nosso bifão de frango borrachudo e de gosto indefinido pra um dos cães da ufscar.
O Edinho e a Gláu continuam bem... bem sentadinhos no sofá da sala fazendo uma pilha de exercícios de cálculo 1 e GA, pelo menos o bandeijão deles é melhor que o nosso (dizem eles, ao menos).
E pra terminar, mais uma vez reconheceram meu sobrenome hoje, a profa. de Intro à lógica, e o que eu aprendi? Aprendi que:
A1 Bob gosta de lógica.
A2 Bob gosta de quem gosta de lógica.
Logo: C - Bob gosta de si mesmo. Portanto, A1 + A2 --> C
Bom terceirão e cursinho pra vocês!
Postado por liz às 19:12
Shake it up baby
sexta-feira, 9 de março de 2007
Cheguei no domingo de vitória palmeirense (pra minha felicidade e infelicidade do corinthiano Edinho) acompanhada da Glau, malas, travesseiro e pais ao apê 71 da Rua São Joaquim, 1607.
O Edifício Rosa de Prata possui 3 porteiros fixos: Júlio, Carlos e o mais simpático: "Seu Isaac".
Meus pais foram embora e eu me senti estranha por uns 2 minutos. A Gláucia, o Edson, a Raíssa e a Liz formam uma família agora, de sobrenomes diferentes porém, mesmo endereço. Sabe aquela história de que os amigos são a família que a gente escolhe? Coloque na prática e passe a viver com eles, o que você tem são conversas até as 3 da matina, altas risadas e histórias hilárias (não, ninguém se estapeou ainda, se acontecer eu conto).
Na segundona acordei ao som do meu celular discreto que berrava:
"Shake it up baby now (shake it up baby)
Twist and shout (Twist and shout)
Come on, come on, come on, come on baby now (Come on baby)
Come on and work it on out"
Fui pra UFSCar, e enquanto a Raíssa acertava a sua matrícula na pedagogia, eu fui pra aula de apresentação do BCC (lógico que cheguei atrasada porque me perdi pelo campus). Entrei sob aplausos e comemorações (bixetes são raras) e sai com as orelhas pintadas de verde (apesar de raras, ainda são bixetes). Os veteranos tentaram nos amarrar com barbantes, mas não deu certo, porque estes cortavam os pulsos dos bixos, então fomos passear pelo campus de elefantinho (meigo!).
Chegamos ao ginásio gritando BCC, Xupa ENC, Xupa caaso e coisas do gênero. Do lado de fora do ginásio o que se via era uma cena quase circense: bandeiras da federal gigantescas, faixas enormes com os nomes dos cursos, a bateria da federal mandando ver, bixos rolando em coreografia, bixos escorregando em um toldo preto com sabão... Era muita cor, barulho e coreografias reunidas em um lugar só, um caos harmônico e engraçado.
Dentro do ginásio a turma de Medicina resolveu dar as caras (e foi vaiada por todos - Medicina XUPA! - essa é a ordem geral, e confesso que não entendia o porquê até perceber o quão metida essa galera da medicina é), assim como o Reitor (não ouvi sequer meia palavra).
Os veteranos passaram recolhendo um pé dos nossos tênis (pra garantir presença no pedágio - o tênis seria devolvido depois) e o vale-camiseta calourada 2007.
Achei a Raíssa, digo, ela me achou. Apareceu do meu lado de repente, perdida e pintada de rosa. Reza a lenda que todo bixo é perdido e burro, a primeira afirmação é verdadeira, a segunda, bom, nem tanto. E quem disse que eu entreguei meu tênis? Escondi na mochila e fingi que estava recrutada pro pedágio. E encontrei uma veterana japa, baixinha e simpática, que surrupiou uma camiseta pra mim.
Saímos do ginásio rumo ao RU (Restaurante Universitário, vulgo bandeijão) e antes de almoçar hambúrguer, tivémos que beber um treco ruim e doce, que não era pinga, e eu desconfio que tinha um belo de um laxante dissolvido (polpem-me dos detalhes sórdidos, vocês podem imaginar o porquê da minha conclusão).
Todos os bixos foram obrigados a almoçar com 2 facas (super legal, se vocês querem perder a paciência e cortar a boca, experimentem), independente do curso. E eu, sortuda que sou, parei bem na frente de uma mesa de veteranos pra atender o celular e consequentemente, fui obrigada a limpar a mesa deles (por sorte apareceram bixos do sexo masculino e fui isenta do trampo - aparenetemente zoar os homens é mais engraçado).
Depois do bandeijão, fomos para o famoso pedágio (que consiste em fazer de tudo - desde aceitar pedidos de casamento à dançar frevo - pra conseguir algumas moedinhas pra cervejada).
Depois de comprar uma coca-cola, enganar uns veteranos e ser zoada por um policial "Quanto mais você coça seu rosto pintado, mais vermelhinha você fica", eu resolvi começar minha caminhada rumo à Avenida São Carlos. No meio das 12 quadras que andei, 8 compunham uma ladeira. Fui zoada por veteranos "Olha, dá até vergonha de saber que estudam na federal, esse povo não toma nem banho, todos sujos" (isso na frente de um ponto de ônibus com mol pessoas vendo), levei banho da "piscina da civil" (que consistia em uma pickup com uma piscina de plástico armada na caçamba, de onde os veteranos passavam jogando água nos calouros) e finalmente, cheguei ao meu apê. E claro que, eu havia me esquecido que estava sem chave e que, uma cópia estava com a Raíssa e a outra na USP.
E lá vai a Liz pro Br Mania (onde a Raíssa fazia pedágio). Achei a Raíssa e no meio do caminho da volta dei de cara com a japonesinha veterana que, por força do destino estava com os kit bixos (camiseta do curso + caneca de alumínio de meio litro com gel que mantém a bebida gelada) e me vendeu um por 30 reais (não tem preço não ter que voltar pra facul na terça-feira só pra comprar esse kit e ainda receber mais trote). Ainda no meio do caminho, eu e Raíssa damos de topo com outro veterano do BCC (aquele que manteve uma conversa normal comigo, no meio do meu trote, no dia da matrícula) e ele acaba nos dando de graça (Sei lá eu se tinha que pagar, who cares? Afinal eu fiz pedágio - Mentira! Xiuuuu!) ingressos pra cervejada (pedago e bcc fazem cervejada juntos, porque o primeiro só tem mulher e o segundo só tem homem, salvo as exceções) que era na terça, e acabamos não indo devido a chegada repentina do eletrecista (no meio do nosso cochilo) - pelo menos agora, a cozinha está 110, não temos mais que usar fórfis e transformador e sim, nós temos microondas (Fico apavorada quando penso que um dia as pessoas tiveram de viver sem microondas, é horrível!).
Chegamos em casa exaustas, cada uma foi pro seu respectivo banheiro tirar toda a tinta do corpo em um mega-banho e por fim, capotamos de sono nos sofás (Estava passando "Do que as mulheres gostam" na sessão da tarde, mas não assistimos inteiro).
Acordamos a tempo de ver a Glau e o Edinho chegando com caras desesperadas, arrasadas e confusas (Cálculos da vida) e reclamando que os professores são uma mistura de Hide e Helder versão piorada, que ninguém entende nada, que aquilo não é matemática, que aprender a pensar é mais difícil do que decorar, e que tudo era mentira e devemos esquecer todos os anos de estudo na escola, começar do zero. Zero serão as notas, notas Habbibs (zero vírgula alguma coisa).
Tirando as tragédias, tem nossas aventuras gastronômicas e os caras do apê 73 que são 4 universitários e que, suspeitamos, tocaram nossa campainha e depois saíram correndo (Ou foram eles, ou foi o velhinho de bengala do 72). E ahhhh, o banheiro BEIGE ta vazando no apê de baixo (o 61), e eu, com certeza, já encontrei com a véia que mora nele no elevador (Chama o encanador! Que também é pintor, eletricista, pedreiro e genro da Maria Amélia - a proprietária do 71 e filha do ex-deputado-defunto).
Domingo voltamos pra Sanca e minhas aulas começam pra valer. Ainda estamos sem internet e sem telefone (Aquela merda da Telefônica é longeeeeeeeeeeeeeee pra caramba). Se der dou as caras numa lan e tento resumir os acontecimentos. O único problema é que os acontecimentos não param de acontecer e tá todo mundo ficando louco e babando. Alguém consegue me imaginar lavando um banheiro? Ou imaginar o Edson limpando o fogão? Ou a Gláucia não entendendo uma aula e dizendo "Odeio matemática"? Pois bem, imaginem.
Postado por liz às 23:39
Só mais um minutinho, mamãe
quinta-feira, 8 de março de 2007
Tô com dor nas pernas de tanto andar, no sobe-desce que é São Carlos. Já comemos no bandeijão, já pegamos ônibus, já fizemos coisa de gente grande como ir na Telefônica (que é longeeeeeee pra caramba), falar com o eletricista, com a imobiliária, receber contas (pagá-las não é com a gente, ainda), cozinhar e faxinar (ainda bem que temos a Raíssa, que até café sabe fazer e já pode casar). Preciso respirar, já já conto tudinho desses dias em Sanca, preciso só de um minutinho pra me recuperar.
Just a minute please. Soon I'll be back.
Postado por liz às 19:20
71
sexta-feira, 2 de março de 2007
A mudança chegou quarta-feira em Sanca, com Edinho, Glaucia e família (Jair, o pai - Olívia, a mãe- coruja e Karina, a karinata gêmea) mala e cuia. Na véspera era pra obra ter sido concluída e o apê faxinado e é claro... que nada disso aconteceu.
Quando a tropa chegou ao número 71 (que não é o da tal "bruxa" do Chaves), o pintor terminava de passar a segunda mão de tinta no teto e a faxina, bem a faxina não deu as caras nem antes, durante ou depois.
Sobrou pra quem? Pros marujos, claro!
Conta a lenda, que nessa tal quarta-feira (porque eu não estava presente, apenas ouvi), os marujos limparam mais de 7 vezes o convés (leia cozinha e banheiros) pois havia muita sujeira decorrente de batalhas anteriores (leia rejunte de piso grudado nos próprios).
Nosso navio partiu de Araras rumo a um porto e acabou encalhando em uma ilha (Não se animem, we're lost but not on Lost). Estamos sem telefone (nem ao menos temos linha), sem internet e a TV é cheia de personalidade e resolveu que só vamos assistir ao SBT, Globo e Cultura. Temos uma Mitsubishi na sala (Não o carro, a TV mesmo - 50 meses de garantia?) cheia de vontades. Dos últimos meios de comunicação, o rádio (aquele no qual iríamos nos reunir em volta à noite para ouvir notícias do mundo e contar histórias) queimou ao ser ligado na tomada, e foi nesse momento que descobrímos, que ao contrário de nossos lares em Araras, todo o apartamento possui tomadas 220, e por isso, estamos sem geladeira e microondas, e o fogão está sendo aceso com os famosos fósforos (Curso de creuza? Acho que precisamos de um de escoteiro). Pra terminar os problemas do apê, no banheiro smurf (totalmente azul) da suíte dividida por mim e a Glau, está o nosso chuveiro bipolar (que segundo minha roommate estava maravilhosamente quente e repentinamente ficou terrivelmente frio), que será trocado domingo (Meu Engenheiro elétrico, digo pai, está a caminho com um chuveiro novo e muitas fitas pra encapar fios e canos - ao contrário do Edson, ele não irá tomar choque).
Enquanto não resolvemos os assuntos de Estado, vamos às relações internacionais. Os vizinhos do 72 (uma senhora bem-conservada, um senhor com uma verruga - ambos entre os 40/55 anos - e um cachorro preto de fucinho brancos, um salsicha de uns 10 anos e de nome July - sabemos o nome do cachorro, mas não sabemos o nome dos vizinhos, óbvio) pediram licença pra conferir a nova versão sem-carpete do nosso apê e, após aprovarem o visual, descobriram que o 71 será habitat de universitários (ONLY), foram simpáticos, disseram "tchau" e a mulher vira para o esposo e, sem se importar se alguém estava ouvindo, diz: "agora aguenta o barulho". Não demos nenhum piu, não temos nada que faça barulho que possa ser ligado à tomada sem queimar e, no entanto, já somos barulhentos.
Também teve as histórias no elevador, inclusive uma mulher, que até segurou a porta aberta, só pra terminar de contar a tal história da quitanda que foi assaltada por 2 homens, e que quando o quitandeiro descobriu que a arma era de plástico, matou um deles com uma facada no pescoço (a pobre da faca, que antes de virar assassina e cortar pescoços, cortava suas melancias honestamente) e o outro fugiu.
Nota mental: Não frequentar a quitanda! Frequentar a Vovó LÚCIA, uma padaria com preços universitários, boa comida, que fica aberta até tarde e, com certeza, irá nos salvar muitas vezes.
E por fim, das coisas que ninguém conta sobre a mudança, estava a história da minha cama, que antes de seguir rumo araras-sanca, teve de sair da chácara rumo à casa da minha vó, e que essa viagem foi realizada na caçamba da caminhonete do meu tio, que teve de ir aberta e eu, sentadona lá trás, segurando a dondoca da cama pra ela não escorregar e me segurando, de tudo quanto é jeito, pra eu não ir junto com ela. Foi como andar de montanha-russa, e pra ajudar, minha mãe e meu irmão iam atrás da caminhonete, escoltando e fazendo caretas (é claro, porque se é pra cair da caçamba e ser atropelado, nada melhor do que ser esmagado por todo o carro e amor materno).
Toda essa epopéia pra que a cama chegasse montada em Sanca, e foi justamente por ela estar montada, que a exausta Glaucia fez o favor de estreá-la por mim, não só a cama, como também meu colchão novinho (porque o dela era novíssimo e tinha cheiro de... "NOVO"). Test Drive feito, aprovado pela Glau, pelo menos a minha cama está normal, não possui nenhum distúrbio de personalidade ou vontade própria, ainda!
Da série "Notícias boas", está a aprovação da nossa quarta mosqueteira na federal de São Carlos. Agora é oficial e sem ansiedade. "Um por todos e todos por um", afinal, sozinhos vamos mais rápido, porém juntos vamos mais longe. "Ces't la vie". É a vida, e é a vida universitária começando.
Postado por liz às 23:48