Outro dia eu ouvi das gêmeas que eu sou a terceira gêmea, a que nasceu 2 semanas antes. Pois bem, 7 de abril. Acho que ano passado eu escrevi um post maravilhoso sobre os meus 18 anos e, a verdade é, que não parece meu aniversário. Eu não me sinto com 19, não sinto como se eu merecesse parabéns e/ou presentes. Na verdade, acho que talvez vocês, meus amigos e minha família (consanguínea ou não) merecem tudo aquilo que vocês me desejarem de bom nesse dia 7 porque eu sei, que as felicitações de amanhã são um reflexo mínimo de toda a torcida, amor, amizade, respeito, atenção e dedicação que vocês têm comigo.
Parabéns aos meus pais por me sustentarem (1,80 de gente, não é muito fácil de se sustentar - meu pai que o diga), educarem e aturarem por 19 anos. Parabéns pra minha mãe que ainda me ama muito depois do que eu fiz com ela no parto e pro meu pai que sempre me aturou com todas as tpm's, ou simplesmente mau humores, da vida.
Ao meu irmão, que me atura (e que eu aturo também - vamos registrar isso), que me ama sempre, mesmo quando eu não sou a melhor das irmãs do mundo, ele sempre me perdoa, sempre está do meu lado e é meu ajudante eterno, meu pedido e meu presente.
À Tuli, é claro, minha labrador preta e gorda, por fazer cada momento meu mais feliz, cheio de pelos e baba. Por me fazer sorrir só de ouvir aquele rabo e aquela pansa destruindo alguma coisa (Agradeço a Lady e Pepa, que me ensinaram a ser mais uma louca por cães e me acordavam à lambidas).
Aos meus avós, aos que foram pelas lembranças, histórias e lições que eu jamais poderei esquecer (a mulher das Orquídeas e do futebol, Yolanda e, o homem das rosas e das pescarias, Ângelo Zorzo), àquele que eu nunca conheci agradeço por ajudar a "produzir' a minha mãe e àquela que ficou, que eu amo como minha segunda mãe, a mulher de verdade, minha avó e madrinha, Amélia, por continuar comigo, me mimando sempre.
Aos meus tios e tias, por saber que sempre que eu precisar, poderei contar com vocês (tenho que falar da minha tia Sirlei que me levou aos meus primeiros shows, que também me buscou na escola e me levava pra praia). Às minhas primas, que eu morro de saudades sempre, as quase 7 mulheres da casa de dona Yolanda Viganó. Ao meu primo-irmão-mais-velho, grande arquiteto, grande amigo de sempre, mesmo ausente e ciumento, ele foi e sempre será meu irmão mais velho.
Ao Archimedes, porque só você sabe tudo o que você faz por mim e só eu te chamo assim.
Aos meus amigos de república, minha segunda família, obrigada por me aturar nas crises das provas e por tolerar minhas dívidas anotadas na geladeira (agora que eu sou "assalariada" as coisas vão melhorar). Nós somos tão diferentes e tão harmoniosos e esse blog, é só um mero esboço do retrato incrível que nós formamos (tirando quando o Edinho rouba no poker).
Agradeço aos meus erros, que me reapresentaram a Tati, que me apresentou a Bô, que me fez chegar na Sarah (e na mãe da Sarah) e assim por diante... Agradeço às escolas, que me deram as minhas melhores amigas, uma constaleção delas, todas as estrelas que viveram comigo por boa parte dos meus 18 anos e, principalmente, aquelas que atravessaram o passar do tempo e são eternas. Agradeço à mocidade, por me trazer a Bianca, a Nati e mais um bocado de gente que me traz prazer em estar presente nas reuniões de quinta-feira (o que faz com que, ocasionalmente, eu fuja um bocado da facul). Por fim, à faculdade, que me apresentou uma miscelânia de gente e continua me surpreendendo com mais e mais pessoas a cada dia, todos muito diferentes, engraçados e interessantes.
Eu quero que vocês saibam, que são vocês, todos vocês, que merecem parabéns pelo dia de hoje. São vocês que aturaram minhas mudanças repentinas de humor, minha ausência, minhas fases ruins, meus momentos de arrogância e de raiva. Independente do lugar e do momento em que nós nos conhecemos, eu sou grata a tudo e a todas as decisões (acertadas ou não) que me levaram até vocês. Tudo aquilo que vocês pensam que eu fiz por vocês não é nada perto da imensidão do significado que a amizade e o amor de vocês tem pra mim. Então, parabéns pra vocês, minha família e meus amigos, por construirem e me ajudar e edificar esses 19 anos.
Hoje, eu não me sinto com 19 anos, e talvez eu jamais vá entender o que é ter uma idade definida, acho que eu não tenho. Se eu pudesse pedir presentes, pediria coisas bem simples, como poder lembrar a primeira vez em que meus pés tocaram o mar, ser o Hubble por um dia (sim, o telescópio mesmo), ter sempre o olhar de orgulho do meu pai e viver embrulhada no abraço da minha mãe, viver aquela sensação eufórica de pular do skycoaster a todo o momento, poder rever aqueles que se foram, acordar sabendo que amanhã é dia de praia e dormir com o barulho da chuva. Se eu pudesse fazer um pedido, e eu posso, pediria iluminação para mentes e corações, pediria isso pelas pessoas e pelo planeta. Aliás, acho melhor eu ir dormir porque daqui a pouco, segundo a teoria da relatividade, tudo está acontecendo ao mesmo tempo então, minha mãe deve estar entrando em trabalho de parto.
E, falando em chuva, hoje ela está caindo especialmente para eu dormir, porque hoje todos os meus pedidos e desejos serão atendidos.
Obrigada por tudo, Liz.
O sétimo dia do quarto mês
domingo, 6 de abril de 2008
Postado por liz às 23:07